São Paulo – A taxa de desocupação ficou em 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro de 2025, com variação significativa (-0,2%) em relação ao trimestre de maio a julho (5,6%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, de 5,6%, conforme o Termômetro Safras, e foi o menor da série histórica, iniciada em 2012.
A população desocupada (5,9 milhões) foi o menor contingente da série histórica, recuando 3,4% (ou menos 207 mil pessoas) no trimestre e caindo 11,8% (menos 788 mil pessoas) no ano. A população ocupada (102,6 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu mais 926 mil pessoas no ano.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi 58,8%, apresentando estabilidade no trimestre e não apresentou variação ante o mesmo trimestre móvel do ano anterior.
A taxa composta de subutilização (13,9%) foi novamente a mais baixa da série, apresentando estabilidade na comparação frente ao trimestre anterior (14,1%) e 1.5 p.p. menor ante o mesmo trimestre de 2024 (15,4%). A população subutilizada (15,8 milhões) manteve o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, apresentando estabilidade no trimestre e queda de 10,1% (menos 1,7 milhões) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas (4,6 milhões) ficou estável no trimestre e caiu 9,2% (menos 461 mil) no ano. A população fora da força de trabalho (66,1 milhões) cresceu nas duas comparações: 0,6% (mais 425 mil pessoas) no trimestre e 1,8% (mais 1,2 milhão) no ano.
A população desalentada (2,6 milhões) apresentou estabilidade no trimestre e queda de 11,7% no ano. O percentual de desalentados (2,4%) ficou estável no trimestre e recuou 0,3 p.p. no ano.
O número de empregados no setor privado (52,7 milhões) foi recorde da série, mas sem variações significativas no trimestre ou no ano.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusivamente trabalhadores domésticos) foi novamente recorde da série (39,2 milhões), com estabilidade no trimestre e alta de 2,4% (mais 927 mil pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,6 milhões) ficou estável no trimestre e recuou -3,9% (menos 550 mil pessoas) no ano. O número de empregados no setor público (12,9 milhões) ficou estável no trimestre e subiu 2,4% (mais 298 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 3,1% (mais 771 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada (ou 38,8 milhões de trabalhadores informais), repetindo os 37,8% (ou 38,8 milhões) do trimestre anterior e abaixo dos 38,9% (ou 39,5 milhões) do trimestre encerrado em outubro de 2024.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.528) foi recorde, ficando estatisticamente estável no trimestre e crescendo 3,9% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 357,3 bilhões) foi novamente recorde, com estabilidade no trimestre e alta de 5,0% (mais R$ 16,9 bilhões) no ano.

