Brasília, 24 de maio de 2022 – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,112 bilhões até o momento em maio, resultado de exportações de US$ 20 bilhões e importações de US$ 16,887 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 36,887 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia. No acumulado do ano, o superávit é de US$ 23,297 bilhões.
Até a 3º Semana de Maio/2022, comparado a Maio/2021, as exportações cresceram 6,9%. As importações cresceram 33,8%. Assim, a balança comercial registrou superávit com queda de 48,9%, e a corrente de comércio aumentou 17,7%.
No acumulado Janeiro até 3º Semana de Maio/2022, em comparação a Janeiro/Maio 2021, as exportações cresceram 19,6% e somaram US$ 121,44 bilhões. As importações cresceram 28,2% e totalizaram US$ 98,14 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 23,30 bilhões , com queda de -6,9%, e a corrente de comércio registrou aumento de 23,3%, atingindo US$ 219,58 bilhões.
Até a 3º Semana de Maio/2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -1,0% em Agropecuária, que somou US$ 5,35 bilhões; queda de -7,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,03 bilhões e, por fim, crescimento de 19,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 10,52 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (2.020.155,1%), Milho não moído, exceto milho doce (9.597,3%) e Café não torrado (25,5%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 96,1%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 110,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (12,5%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (42,1%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (48,7%) e Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (100,5%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-39,1%), Soja ( -8,3%) e Algodão em bruto (-21,5%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-41,2%), Minério de ferro e seus concentrados (-20,8%) e Minérios de cobre e seus concentrados (-38,7%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-34,8%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-17,5%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-17,8%) na Indústria de Transformação.
Até a 3º Semana de Maio/2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 14,8% em Agropecuária, que somou US$ 0,36 bilhões; crescimento de 100,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,45 bilhões e, por fim, crescimento de 30,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 14,97 bilhões. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações.
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (132,3%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( 45,5%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (51,1%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (238,6%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 94,8%) e Gás natural, liquefeito ou não ( 20,5%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (138,4%), Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (53,8%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (232,3%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Soja (-27,3%), Outras sementes oleaginosas de copra ou linhaça (-36,9%) e Matérias vegetais em bruto (-28,8%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( -8,2%), Minério de ferro e seus concentrados (-99,6%) e Minérios de cobre e seus concentrados ( -0,4%) na Indústria Extrativa ; Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-92,0%), Alumínio (-44,1%) e Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-16,7%) na Indústria de Transformação.