Porto Alegre, 11 de setembro de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína registrou boa demanda interna e externa ao longo da semana, o que garantiu preços firmes tanto para o quilo vivo quanto para os principais cortes negociados no atacado. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a procura segue aquecida e a disponibilidade de animais enxuta. “Os frigoríficos estão adequando seus estoques, visando atender a demanda das próximas semanas, tanto no cenário doméstico quanto na exportação”, pontua.
Conforme Maia, o consumo doméstico tende a apresentar um avanço no curto prazo, favorecido pela capitalização das famílias com entrada da massa salarial na economia. Outro ponto favorável é o alto preço da carne bovina, que deve levar uma parcela da população a migrar para produtos substitutos mais acessíveis, como a carne suína e a de frango, em meio à crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus.
Maia destaca que o ambiente de negócios entre granjeiros e frigoríficos deve continuar se acirrando em todo o país, uma vez que os produtores seguem em busca de correções para o suíno vivo, avaliando a oferta apertada e o custo de produção elevado. “Os frigoríficos por outro lado se queixam dos repasses para a ponta final, fator que pode dificultar o escoamento da carne”, sinaliza.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 0,49% ao longo da semana, de R$ 6,63 para R$ 6,66. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 11,46 para R$ 11,87, aumento de 3,62%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 10,96, ante os R$ 10,65 praticados no encerramento de julho, com valorização de 2,93%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 34,771 milhões em setembro (4 dias úteis), com média diária de US$ 8,693 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 16,030 mil toneladas, com média diária de 4,007 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.169,00.
Na comparação com setembro de 2019, houve avanço de 40,45% no valor médio diário exportado, ganho de 50,28% na quantidade média diária e queda de 6,54% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 150,00 para R$ 152,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,55. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 7,10 para R$ 7,15.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 4,70. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 7,50 para R$ 7,60. No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 7,30 para R$ 7,35 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração se manteve em R$ 4,80, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 6,60. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 7,70 para R$ 7,80. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 8,20 para R$ 8,30. No mercado independente mineiro, o preço permaneceu em R$ 8,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado continuou em R$ 4,70. Já em Rondonópolis a cotação prosseguiu em R$ 6,70.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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