Soja tem semana lenta, mas preços seguem firmes no Brasil

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     Porto Alegre, 26 de junho de 2020 A semana foi de poucos negócios e de volatilidade nos preços da soja no mercado brasileiro. O câmbio continua sendo o principal referencial para as oscilações dos preços domésticos. Chicago segue em segundo plano, pressionado pelas condições favoráveis às lavouras americanas.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 110,00. Na região das Missões, a cotação ficou em R$ 109,00. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 113,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 106,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 113,00. Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 102,00. Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 102,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em 100,00.

     O dólar iniciou a semana em baixa e foi se recuperando ao longo do período, fechando positivamente o período e garantindo a firmeza das cotações domésticas da soja. As dúvidas sobre a recuperação da economia mundial com uma possível segunda onda de coronavírus trouxe aversão ao risco.

     Chicago teve uma semana negativa, diante do bom desenvolvimento das lavouras americanas e a perspectiva de uma safra cheia. O mercado aguarda o relatório de terça do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

    O Departamento deverá indicar uma área plantada norte-americana com soja de 84,76 milhões de acres, com avanço sobre o ano anterior e na comparação com a intenção de plantio, divulgado em março.

     A previsão é compartilhada por analistas e corretores consultados pelas agências internacionais. Segundo a consulta, o USDA deverá indicar área de 84,764 milhões de acres, acima dos 76,1 milhões de acres cultivados em 2019.

     No final de março, o USDA divulgou o relatório de intenção de plantio. Naquela oportunidade, o Departamento apostava em uma área de 83,51 milhões de acres.

     O Departamento vai divulgar na terça também o relatório para os estoques trimestrais americanos na posição 1o de junho. O mercado aponta estoques de 1,381 bilhão de bushels. Em 1o de março, o estoque ficou em 2,253 bilhões e em junho do ano passado os produtores tinham 1,783 bilhão de bushels armazenados.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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