Soja sobe mais de 3% em Chicago, após relatório de novembro do USDA

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     Porto Alegre, 10 de novembro de 2020 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em forte alta. O mercado foi impulsionado pelo relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que cortou suas projeções para safra e estoques americanos em 2020/21 para níveis abaixo dos esperados.

     O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,17 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 113,49 milhões de toneladas, abaixo da estimativa anterior de 4,268 bilhões ou 116,16 milhões. O mercado apostava em safra de 4,253 bilhões ou 115,74 milhões de toneladas.

     Os estoques finais estão estimados em 190 milhões de bushels ou 5,17 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 239 milhões ou 6,5 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 290 milhões de bushels – 7,9 milhões de toneladas.

     Os números do USDA completaram um quadro extremamente favorável aos preços da oleaginosa, o melhores em mais de quatro anos. A demanda firme pela soja americana, a preocupação com o clima seco no Brasil e o clima de menor aversão ao risco no cenário financeiro internacional vêm sustentando as cotações nos últimos dias.

     Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 35,50 centavos de dólar por libra-peso ou 3,19% a US$ 11,46 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 11,44 por bushel, com ganho de 35,25 centavos ou 3,17%.

     Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 10,70 ou 2,78% a US$ 394,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 36,06 centavos de dólar, alta de 0,57 centavo ou 1,6%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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