Soja segue outros mercados e fecha em forte baixa em Chicago, após tarifaço de Trump

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Porto Alegre, 3 de abril de 2025 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com perdas acentuadas. Assim como as demais commodities e o mercado financeiro, a soja foi impactada pelo tarifaço imposto ontem pelo presidente Donald Trump.

 

O mercado teme pela intensificação da guerra comercial com a China, principal compradora de soja do mundo. Possíveis retaliações chinesas poderiam deslocar ainda mais o interesse comprador dos asiáticos para a América do Sul. Há ainda o receio de uma recessão na economia americana, afetando ainda mais a procura.

 

Destaque hoje para a queda de mais de 3% no óleo de soja, acompanhando a sinalização do petróleo. O barril caía cerca de 6% quando do fechamento da Bolsa de Chicago.

 

A política externa deflagrada por Donald Trump, detalhada nesta quarta-feira, é baixista para todo o complexo soja. A constatação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana. “Na verdade, é ruim para todas as commodities trabalhadas nas bolsas norte-americanas, pois foram impostas tarifas a quase todos os países do mundo”, frisa.

 

Para o analista, as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos vão causar uma redução de demanda pelos produtos agrícolas do país, devido a possíveis retaliações. “Vamos ver como os países vão reagir, se vão colocar mais impostos ou só comprar menos dos norte-americanos”, pondera.

 

“Com o final da colheita de soja no Brasil e o início na Argentina, a demanda mundial deve se deslocar para a América do Sul daqui para frente”, aposta o consultor.

 

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, ficaram em 410.200 toneladas na semana encerrada em 27 de março. Para a temporada 2025/26, ficaram em 3.300 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 250 mil e 850 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.

 

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 18,00 centavos de dólar ou 1,74% a US$ 10,11 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 10,26 1/4 por bushel, perda de 18,75 centavos ou 1,79%.

 

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 0,80 ou 0,27% a US$ 288,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 47,06 centavos de dólar, com baixa de 1,44 centavo ou 2,96%.

 

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Dylan Della Pasqua / Safras News

 

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