Porto Alegre, 22 de março de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em forte baixa. A decisão do banco central americano de elevar em 0,25 ponto percentual a taxa de juros básica e a entrada da safra brasileira motivaram a queda.
Mesmo que a elevação do juro já estivesse precificada, parte do mercado apostava em manutenção da taxa, refletindo os temores com o sistema bancário global. Juros altos sinalizam aversão ao risco e procura por opções mais seguras de investimentos e pesam para as commodities.
Além da questão financeira, o mercado segue sendo pressionado pela entrada da maior safra da história do Brasil. A demanda se desloca dos Estados Unidos para as origens brasileiras. A forte queda do trigo também contribuiu para o recuo.
Os investidores começam agora a avaliar os dados de intenção de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA0, que serão divulgados na sexta, 31. Inicialmente, o sentimento é de ampliação de área a ser cultivada com a oleaginosa.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 18,50 centavos ou 1,26% a US$ 14,48 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,25 por bushel, com perda de 23,50 centavos de dólar ou 1,62%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 9,00 ou 1,95% a US$ 451,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 54,64 centavos de dólar, com perda de 1,60 centavo ou 2,84%.
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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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