Porto Alegre, 23 de agosto de 2024 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços bem mais baixos. O mercado foi derrubado pela combinação de dois fatores: as condições das lavouras norte-americanas melhores do que o esperado e as importações recordes de soja da China em agosto – que reduzem o potencial de compras futuras do país asiático. O tombo do petróleo, que caia quase 4% próximo ao fechamento, completa o quadro negativo às cotações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 8 de setembro, 65% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava 63%), 25% em situação regular 10% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 65%, 25% e 10%, respectivamente.
As importações de soja em grão pela China no mês de agosto somaram o recorde de 12,14 milhões de toneladas. Representa um aumento de 29% em relação ao mesmo mês de 2023. Os comerciantes estão aproveitando os preços mais baixos para estocar em meio a preocupações de que a tensão comercial com os Estados Unidos poderia se intensificar se Donald Trump vencesse as eleições.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro de 2024 fecharam com baixa de 20,75 centavos de dólar por bushel ou 2,03%, a US$ 9,97 1/4 por bushel. A posição janeiro de 2025 teve cotação de US$ 10,15 1/4 por bushel, com recuo de 20,25 centavos ou 1,95%.
Nos subprodutos, a posição dezembro de 2024 do farelo fechou com perda de US$ 7,50 ou 2,30%, a US$ 317,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro de 2024 fecharam a 39,63 centavos de dólar por libra-peso, retração de 0,85 centavo ou 2,09%.
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Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência Safras News
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