Porto Alegre, 8 de maio de 2025 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em alta, em sessão de volatilidade. A possibilidade de Estados Unidos e China se aproximarem de um acordo tarifário e o clima de menor aversão ao risco no financeiro garantiram a elevação.
Hoje, ao anunciar o primeiro grande acordo após o “liberation day”, com o Reino Unido, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esperar uma relação amigável com a China. Pequim e Washington se reunirão pela primeira vez no próximo sábado, na Suíça.
A quinta marcou também a escalada nos preços do petróleo diante dos sinais de avanço nas negociações comerciais. A alta de 3% da commodity ajudou o complexo soja, puxando principalmente as cotações do óleo.
Os agentes começam também a se posicionar frente ao relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na segunda, 12.
O deverá indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26, na comparação com o ano anterior. Este será o primeiro relatório com números para a nova temporada.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,325 bilhões de bushels. Na temporada 2024/25, a safra está indicada pelo USDA em 4,366 bilhões.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 351 milhões de bushels para 2025/26. Para 2024/25, a aposta é de um corte, passando dos 375 milhões indicados em abril para 370 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 122,6 milhões de toneladas. Em abril, o número ficou em 122,5 milhões. Segundo o mercado, a primeira indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,3 milhões de toneladas.
O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,1 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser aumentada de 49 milhões para 49,3 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 5,75 centavos de dólar ou 0,55% a US$ 10,45 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,25 por bushel, ganho de 3,00 centavos ou 0,29%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 0,30 ou 0,10% a US$ 294,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 48,45 centavos de dólar, com alta de 1,12 centavo ou 2,36%.
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Dylan Della Pasqua / Safras News
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