Soja esquece USDA baixista e sobe forte em Chicago por clima seco nos EUA

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    Porto Alegre, 13 de julho de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços acentuadamente mais altos, revertendo tecnicamente as fortes perdas da véspera. Preocupações com o clima nos Estados Unidos, impulso técnico e a menor aversão ao risco no financeiro determinaram a elevação das cotações.

    Ontem, o mercado reagiu negativamente ao relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que não alterou a produtividade prevista para a safra americana. Com isso, as estimativas de produção e estoques finais ficaram acima do esperado, impondo peso sobre as cotações.

    Mas hoje o foco voltou ao “mercado de clima”. Os boletins indicam poucas chuvas e temperaturas elevadas no cinturão produtor americano, o que poderá comprometer o potencial produtivo.

    Do lado financeiro, há perspectivas de menor aperto na política monetária americana, impulsionando bolsas de valores e o petróleo. O dólar caiu. O cenário favorece as commodities de exportação, caso da soja.

    Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 315,704 mil toneladas de soja em grãos ao México, a serem entregues na temporada 2023/24.

    As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 80.600 toneladas na semana encerrada em 6 de julho. Para a temporada 2023/24, foram mais 209,2 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 100 mil e 900 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.

    Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 40,50 centavos ou 2,80% a US$ 14,84 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,69 3/4 por bushel, com ganho de 42,00 centavos de dólar ou 3,16%.

    Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com ganho de US$ 11,40 ou 2,77% a US$ 422,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 65,69 centavos de dólar, com alta de 1,35 centavo ou 2,09%.

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     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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