Porto Alegre, 1 de dezembro de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos para o grão e o óleo e mais altos para o farelo. O mercado começou o dia pressionado por um movimento de realização de lucros. As perdas foram acentuadas após as metas decepcionantes dos Estados Unidos para mistura de biocombustíveis por parte das refinarias. Tal previsão fez o óleo de soja despencar, consequentemente, derrubando o grão.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos planeja propor esta semana aumentar para 2023, 2024 e 2025 a quantidade de combustíveis renováveis que as refinarias de petróleo devem misturar, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Agência Reuters. A EPA planeja propor a mistura de biocombustíveis em 20,82 bilhões de galões em 2023, 21,87 bilhões de galões em 2024 e 22,68 bilhões de galões em 2025, disseram fontes.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 693.800 toneladas na semana encerrada em 24 de novembro. A China liderou as importações, com 927.400 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 550 mil e 900 mil toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro de 2023 fecharam com baixa de 39,75 centavos de dólar por bushel ou 2,7% a US$ 14,29 3/4 por bushel. A posição março/23 teve cotação de US$ 14,36 3/4 por bushel, com recuo de 38,75 centavos ou 2,62%.
Nos subprodutos, a posição janeiro/23 do farelo fechou com alta de US$ 3,80 ou 0,9% a US$ 421,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 67,38 centavos de dólar, baixa de 4,50 centavos ou 6,26%.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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