São Paulo, SP – A SLC Agrícola informou que adquiriu, por meio de sua subsidiária integral SLC Agrícola Centro Oeste S.A., de 100% da empresa Sierentz Agro Brasil Ltda., por US$ 135 milhões (mais ou menos o capital de giro, menos a dívida líquida, com base no balanço a ser apurado em 30/06/2025). Todas as máquinas e equipamentos utilizados na operação fazem parte dessa aquisição. O montante total será pago em três parcelas, sendo 60% na data do fechamento da aquisição, 20% em 30 de abril de 2026 e 20% em 30 de abril de 2027.
A Sierentz atua na produção de soja, milho e outros produtos agrícolas, bem como na criação de gado em sistema de integração lavoura-pecuária. A operação é 100% em áreas arrendadas, localizadas nos estados do Maranhão (MA), Piauí (PI) e Pará (PA), totalizando aproximadamente 96 mil hectares físicos. No Maranhão serão em torno de 68 mil hectares, no Piauí 18 mil hectares e no Pará 10 mil hectares. Parte dessas áreas têm aptidão para a realização de segunda safra, totalizando um potencial de em torno de 135 mil hectares plantados. Os contratos de arrendamento
possuem um custo médio anual de 9,3 sacas de soja por hectare, com prazo médio de 13 anos.
A companhia ressaltou que, na hipótese de confirmação e fechamento do negócio, em torno de 33 mil hectares físicos já têm proposta vinculante para aquisição dos direitos de operação pela Terrus S.A., condição da transação. Essa operação deverá ser precedida de uma cisão parcial da Sierentz Agro Brasil Ltda., a ser viabilizada, procedidos os eventos contratuais acordados. O valor aproximado dessa transação é de R$ 191,2 milhões, mais ou menos o capital de giro. As máquinas e equipamentos pertinentes à operação dos 33 mil hectares físicos já estão inclusos
no valor da transação.
A SLC Agrícola vai operar, indiretamente, 63 mil hectares físicos (em torno de 100 mil hectares de área plantada). O plano de produção é de manter o plantio de soja e milho. O algodão será implantado a partir do terceiro ano de produção.
O controle da operação pela SLC Agrícola deverá ocorrer a partir de 1 de julho de 2025. A nova operação permitirá um crescimento de 13% sobre a área plantada na safra 2024/25 e fortalece a estratégia de diversificação geográfica do portfólio de terras sobre gestão, visando dirimir riscos climáticos. Além disso, amplia a exposição em áreas arrendadas, passando a representar 66,5% da área física sob gestão da companhia.
A conclusão da aquisição está condicionada ao cumprimento de obrigações e condições precedentes usuais nesse tipo de operação, incluindo sua submissão à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).