Setor de suínos reage em abril, mas ajuste produtivo segue necessário

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     Porto Alegre, 29 de abril 2022 – O mercado brasileiro de suínos vai finalizando os negócios em abril com um cenário um pouco mais positivo. O analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, ressalta que o setor reagiu ao longo do mês, muito embora o quadro de margens siga deteriorado, o que reforça a necessidade de continuidade do processo de ajuste produtivo.

     De modo geral, Maia sinaliza que houve uma recuperação consistente de preços do suíno vivo no Centro-Sul do país, com a reposição entre atacado e varejo avançando de maneira satisfatória devido à Páscoa e com os agentes de mercado se mostrando otimistas com relação ao dia das Mães e ao período de entrada da massa salarial na economia.

     Outra boa notícia veio com a exportação brasileira de carne suína, que mostrou melhora, o que é favorável para o ajuste da disponibilidade de oferta. “Vale destacar, contudo, que o preço da tonelada embarcada segue deprimido”, afirma.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 15,16% no mês, passando de R$ 5,03 para R$ 5,79. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ao longo de abril avançou 8,32%, de R$ 9,27 para R$ 10,04. A carcaça teve aumento de 18,9%, passando de R$ 7,94 para R$ 9,44.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 148,787 milhões em abril (14 dias úteis), com média diária de US$ 10,627 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 67,133 mil toneladas, com média diária de 4,795 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.216,30.

     Em relação a abril de 2021, houve baixa de 2,2% no valor médio diário da exportação, ganho de 9,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 103,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 5,05 para R$ 5,10. No interior do estado a cotação passou de R$ 4,90 para R$ 5,95.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação aumentou de R$ 4,75 para R$ 5,85. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 4,90 para R$ 5,80 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande avançou de R$ 4,60 para R$ 5,20, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço mudou de R$ 5,30 para R$ 6,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno passou de R$ 5,45 para R$ 6,70. No mercado independente mineiro, o preço subiu de R$ 5,55 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 4,60 para R$ 5,25. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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