Setor de frango segue com apreensão e déficit na margem operacional

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Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados com a semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o frango vivo segue sem forças para reajustes. “Diante do quadro atual de oferta, o tom de apreensão de mantém entre os avicultores”, disse.

De acordo com Maia, os custos de produção permanecem em patamar elevado, deteriorando as margens da atividade. “O milho e o farelo de soja continuam com preços altos no país”, destaca.

Recentemente, foram confirmados casos de Influenza Aviária na Argentina e Uruguai, o que trouxe sinal de preocupação para os produtores no Brasil. Contudo, o analista ressalta que não há motivos para pânico. “O Brasil respeita normas rigorosas de biosseguridade e tem baixo risco de contágio em granjas comerciais”, disse.

O mercado atacadista apresentou um ligeiro movimento de alta para alguns cortes durante a semana, diante de um quadro de oferta mais equilibrado. Porém, de acordo com Maia, a reposição entre atacado e varejo tende a evoluir de maneira comedida até o fechamento do mês, o que pode impedir reajustes consistentes.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 462,69 milhões em fevereiro (13 dias úteis), com média diária de US$ 35,592 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 247,787 mil toneladas, com média diária de 19,061 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.867,30.

Em relação a fevereiro de 2022, houve alta de 15,4% no valor médio diário, de 6,7% na quantidade média diária e avanço de 8,1% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Preços internos

De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito se manteve em R$6,80, o quilo da coxa em R$ 6,50 e o quilo da asa em R$ 10,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 7,00, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 10,80.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário semanal também não teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve estabilidade em R$ 6,90, o quilo da coxa em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 10,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito ficou em R$ 7,10, o quilo da coxa R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 10,90.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo continuou em R$ 5,00 e em São Paulo em R$ 4,90.

Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 4,10, na integração do oeste do Paraná em R$ 5,00 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango teve estabilidade em R$ 5,05, em Goiás em R$ 5,00 e no Distrito Federal em R$ 5,00.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 5,50, no Ceará em R$ 5,50 e, no Pará, em R$ 5,60.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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