Setor de frango fecha junho com margem operacional bem ajustada

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     Porto Alegre, 2 de julho de 2021 – O mercado brasileiro de frango encerrou o mês de junho com margens operacionais ajustadas. O movimento de queda no custo de produção, que perdurou por três semanas, acabou sendo anulado pela retomada dos preços do milho na última semana, em decorrência das fortes geadas ocorridas em áreas produtoras de safrinha.

     O alento para o setor, de acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, é que os preços do quilo vivo e dos cortes de frango negociados no atacado reagiram ao longo do mês, em meio ao consumo doméstico aquecido no Brasil. “Também houve uma boa resposta nas exportações de carne de frango ao longo do mês”, avalia.

     Para Iglesias, o fato de a carne de frango ser a proteína mais acessível para o consumidor médio deve contribuir para a manutenção do movimento de alta nas cotações, pelo menos ao longo da primeira metade de julho.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango em junho. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 7,60 para R$ 7,80, o quilo da coxa de R$ 7,20 para R$ 7,30 e o quilo da asa de R$ 9,80 para R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 7,80 para R$ 8,00, o quilo da coxa de R$ 7,40 para 7,50 e o quilo da asa de R$ 9,90 para R$ 10,20.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de modificações durante o mês de junho. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,70 para R$ 7,90, o quilo da coxa de R$ 7,30 para R$ 7,40 e o quilo da asa de R$ 9,90 para R$ 10,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 7,90 para R$ 8,10, o quilo da coxa de R$ 7,50 para R$ 7,60 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,30.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 586,320 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 27,920 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 363,289 mil toneladas, com média diária de 17,299 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.613,90.

     Na comparação com junho de 2020, houve alta de 44,23% no valor médio diário, ganho de 13,73% na quantidade média diária e avanço de 26,81% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 4,90 para R$ 5,55. Em São Paulo o quilo aumentou de R$ 5,00 para R$ 5,55.

     Na integração catarinense a cotação do frango mudou de R$ 3,50 para R$ 3,90. No oeste do Paraná o preço passou de R$ 4,90 para R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 4,70 para R$ 5,10.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 4,80 para R$ 5,40. Em Goiás o quilo vivo aumentou de R$ 4,80 para R$ 5,40. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 4,90 para R$ 5,50.

     Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 5,70 para R$ 5,80. No Ceará a cotação do quilo subiu de R$ 5,70 para R$ 5,80 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 5,80 para R$ 5,90.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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