Sem oferta, mercado de soja deve seguir firme e travado no Brasil

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     Porto Alegre, 16 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de soja deve ter mais um dia travado e com preços sustentados. A pouca oferta disponível está afastando os compradores. Os vendedores se retraem ainda mais, forçando elevações mais consistentes. Indústrias da região sul buscam alternativas para garantir o abastecimento e a soja paraguaia está na mira.

      Os preços da soja voltaram a subir nas principais praças do país na quarta-feira, acompanhando a combinação de alta do dólar e valorização dos contratos futuros. Mas as referências são nominais, já que a oferta é escassa, o produtor está retraído e a comercialização segue travada.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 115,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 114,00 para R$ 115,00. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 117,00 para R$ 118,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 106,50 para R$ 108,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca aumentou de R$ 114,00 para R$ 116,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 109,00 para R$ 110,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 108,00. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 105,00 para R$ 108,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram valorização de 0,42%, cotado a US$ 8,86 1/2 por bushel.

* A oleaginosa sobe pela terceira sessão seguida, estimulada pela demanda chinesa pelo produto norte-americano.

* As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 313.000 toneladas na semana encerrada em 9 de julho. Representa uma retração de 67% frente à semana anterior e um recuo de 46% ante à média das últimas quatro semanas. A Indonésia liderou as importações, com 95.500 toneladas.

* Para a temporada 2020/21, foram 767.600 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 700 mil a 1,850 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para julho ficou em100 a 120 pontos acima de Chicago. Para agosto, o valor é de 120 a 135 pontos acima.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 0,39% a R$ 5,363.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -4,5%. Tóquio, -0,77%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,73%; Frankfurt, -0,59%; Londres, -0,39%.

* O petróleo opera com perdas. Agosto do WTI em NY: US$ 40,68 o barril (-1,26%).

* O Dollar Index registra alta de 0,01%, a 96,06 pontos.

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório mensal sobre as lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (17/07)

– Eurozona: A leitura final do índice de preços ao consumidor de junho será publicada às 6h pela Eurostat.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Levantamento de intenção de plantio de arroz, algodão, feijão, milho e soja para 2020/21 – SAFRAS & Mercado, às 12hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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