Porto Alegre, 22 de março de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou acomodados durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado de frango vivo voltou a apresentar preços acomodados, sem grande apelo ao consumo nesta época do mês.
Em relação aos custos, Iglesias pontua que há relativo conforto nesta temporada, sem graves dificuldades de abastecimento de farelo de soja e milho. “O mercado atacadista também apresentou acomodação em seus preços no decorrer da semana. O ambiente de negócios sugere por menor espaço para alta dos preços no curto prazo, com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês”, ressalta.
O analista ainda destaca que a carne de frango dispõe de uma maior competitividade, seguindo com a preferência de importante parcela da população, em especial das famílias que possuem entre um e dois salários-mínimos de renda. “As exportações permanecem em alto nível, com grande volume de produto escoado. Os preços, contudo, seguem deprimidos.”
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito caiu de R$ 10,30 para R$ 10,20, o quilo da coxa seguiu em R$ 6,50 e o quilo da asa decaiu de R$ 11,90 para R$ 11,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve baixa de R$ 10,60 para R$ 10,20, o quilo da coxa continuou em R$ 6,70 e o quilo da asa recuou de R$ 12,00 para R$ 11,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve perdas de R$ 10,40 para R$ 10,30, o quilo da coxa permaneceu em R$ 6,60 e o quilo da asa teve desvalorização de R$ 12,00 para R$ 11,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,70 para R$ 10,60, o quilo da coxa teve estabilidade de R$ 6,80 e o quilo da asa registrou baixa de R$ 12,10 para R$ 11,70.
O levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo continuou em R$ 5,20 e, em São Paulo, o preço permaneceu em R$ 5,20.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,65 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,90.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 5,00, em Goiás se manteve em R$ 5,10 e, no Distrito Federal, continuou em R$ 5,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 7,00, no Ceará subiu de R$ 7,10 para R$ 7,15 e, no Pará, seguiu em R$ 7,00.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 402,435 milhões em março (11 dias úteis), com média diária de US$ 36,585 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 226,608 mil toneladas, com média diária de 20,6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.775,90.
Em relação a março de 2023, houve queda de 6,6% no valor médio diário, baixa de 2,1% na quantidade média diária e recuo de 4,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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