Jeffrey Schmid, presidente do Fed Kansas, afirmou hoje mais cedo que não vê urgência em cortar a taxa de juros, já que a inflação segue acima da meta de 2% e o mercado de trabalho continua sólido. Segundo ele, seria necessário ter dados muito consistentes antes de considerar qualquer mudança na política monetária.
Em entrevista à CNBC, Schmid observou que a inflação “está provavelmente mais perto de 3% do que de 2%”, destacando que reduzir juros neste momento poderia influenciar negativamente as expectativas do público em relação aos preços. Ele disse que o “último trecho” até a meta de 2% costuma ser o mais desafiador, ressaltando que o Fed deve agir com cautela.
As declarações foram feitas antes da abertura do simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, organizado pelo próprio Fed Kansas, e que reúne banqueiros centrais e economistas do mundo todo. O presidente do Fed, Jerome Powell, deve discursar no evento nesta sexta-feira.
Schmid comentou ainda que, apesar de alguns sinais recentes de enfraquecimento no mercado de trabalho, percebe um certo otimismo entre líderes empresariais. Para ele, o atual patamar dos juros, entre 4,25% e 4,5%, não parece estar restringindo de forma significativa a atividade econômica.

