Porto Alegre, 18 de junho de 2024 – A São Martinho encerrou o quarto trimestre da safra 2023/24 com um lucro líquido de R$ 627,3 milhões devido, principalmente, à antecipação do Precatório da Copersucar de 2024 e ao reconhecimento do Precatório adicional em parcela única (3º Precatório) no período. Na Safra 2023/24, o lucro líquido totalizou R$ 1.476,3, milhões (+45,3% vs. 12M23).
O EBITDA Ajustado totalizou R$ 1.154,1 milhões no 4T24 (+25,8%), com margem EBITDA Ajustado de 47,6%, e R$ 3.070,2 milhões no 12M24 (-8,5%) com margem de 44,4%. As performances no trimestre e na safra devem-se aos menores preços de etanol, parcialmente compensados por maiores preços de açúcar e maior volume comercializado (ATR vendido).
Já o EBIT Ajustado somou R$ 466,1 milhões (+0,7% vs. 4T23), com margem de 19,2% no 4T24. Na safra, o indicador acumulou R$ 1.229,8 milhões (-27,8% vs. 12M23).
Na safra 23/24, a São Martinho processou cerca de 23,1 milhões de toneladas de cana-de açúcar, uma expansão de 15,2% em relação à safra 22/23, decorrente da melhora de produtividade (+19,7% em toneladas de cana por hectare). O avanço operacional provém: i) da normalização das condições climáticas e regularização do regime de chuvas nas regiões dos canaviais da Companhia, ii) do manejo agrícola diferenciado e uso de variedades genéticas de maior produtividade e iii) dos investimentos, principalmente em tratos culturais, ocorridos nas safras anteriores.
Na safra, as operações de cana-de-açúcar produziram aproximadamente 1.468,3 mil toneladas de açúcar (+21,7% vs. 12M23) e 948,0 mil metros cúbicos de etanol (+5,5%), decorrente dos avanços de produtividade da cana e mix mais açucareiro no período. O processamento de milho adicionou 156,0 mil m3 de etanol e 100,4 mil toneladas de DDGS.
Receita Líquida
A receita líquida da São Martinho alcançou R$ 2.423 milhões no 4T24, uma expansão de 33,4% vis-à-vis 4T23, decorrente da maior quantidade comercializada de açúcar (+20,6%) e etanol (+113,8%) no período, parcialmente compensado pela retração de preços do biocombustível (-30,8%). Ao final da safra, a receita liquida totalizou R$ 6.922 milhões, uma expansão de 4,2% em relação à safra anterior, reflexo principalmente da combinação do melhor desempenho do açúcar, com aumento dos preços (+14,2%) e quantidade (+21,4%), e retração dos preços de etanol (-29,1%), apesar da expansão do volume comercializado do biocombustível (+10%).
Já a receita líquida das vendas de açúcar somou R$ 1.184,9 milhões no 4T24, um aumento de 24,3% frente a 4T23, decorrente de melhores preços (+3,1%) e maior quantidade (+20,6%) comercializados no período. No acumulado da safra, a receita avançou 38,6% frente a safra anterior, totalizando R$ 3.620,8 milhões, motivado por maiores preços (+14,2%) e quantidades (+21,4%).
A receita líquida das vendas de etanol apresentou expansão de 47,9% no 4T24 vis-à-vis 4T23, somando R$ 1.135,9 milhões, reflexo do maior volume comercializado (+113,8%) parcialmente compensado pela compressão de preços (-30,8%) no período. Ao final da safra 23/24, a receita do biocombustível totalizou R$ 2.696,9 milhões (- 22,0% vs. 12M23), resultado de menores preços praticados (-29,1%), parcialmente compensados por maiores volumes comercializados (+10,0%).
No 4T24, foram comercializados cerca de 496,0 mil CBIOs com preço líquido médio de R$ 81,2/CBIO (líquido de PIS/Cofins, INSS e IR de 15% – retido na fonte). No período acumulado, o volume de comercialização totalizou aproximadamente 934,0 mil CBIOs com preço médio de R$ 80,8/CBIO. Adicionalmente, como descrito nas notas explicativas (“Estoques e Adiantamentos a Fornecedores”), em 31 de março de 2024 a São Martinho possuía aproximadamente 23 mil CBIOs emitidos, porém ainda não comercializados.
O CPV – Caixa registrado no 4T24 somou R$ 1.279,3 milhões, valor 64,3% superior se comparado ao 4T23, em decorrência do maior volume de vendas no período e acréscimo de base referente aos custos com a operação de etanol de milho. Considerando somente a operação de cana-de-açúcar, houve expansão de 45,9% em relação ao 4T23, totalizando R$ 1.059,3 milhões, reflexo, principalmente, do maior volume de comercialização no período (+51,4% em ATR vendido). As informações partem da São Martinho.
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Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News
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