Porto Alegre, 14 de maio de 2020 – A comercialização da safra nova de café do Brasil 2020/21 (julho/junho), que está em fase inicial de colheita, já chega a 28% até o dia 11 de maio. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, que mostram que as vendas evoluíram em 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
As vendas estão bem avançadas em relação ao ano passado, quando 17% da safra 2019/20 estava comercializada até então.
Assim, já foram comercializadas 19,2 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 20/21 de café brasileira de 68,1 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os preços altos, por conta do dólar esticado, continuam mantendo elevado o interesse por venda antecipada de safras futuras. “É verdade que os preços mais altos no disponível têm tirado um pouco do interesse de fixações antecipadas com a safra brasileira 2020. Além disso, as tradings tiraram um pouco o pé com as posições muito longas (safra 2021 e 2022, por exemplo). A volatilidade nos mercados, especialmente do câmbio, tem encarecido os custos de proteção e estrangulado o crédito, o que reduz um pouco a atividade. Mesmo assim, o fluxo de vendas andou bem no último mês”, comenta o consultor.
As vendas de arábica alcançam 33% da safra, contra 17% em igual período do ano passado. E a comercialização de conilon está em 17% da safra, ligeiramente abaixo dos 18% de igual época do ano passado.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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