Porto Alegre, 20 de agosto de 2020 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em baixa consistente. A expectativa de uma safra cheia nos Estados Unidos e uma certa decepção com as exportações semanais americanas garantiram aos agentes as condições necessárias para um movimento de realização de lucros.
As lavouras vão se desenvolvendo bem no cinturão produtor. Até o momento, os indicativos da tradicional crop tour do Pro Farmer indica bons rendimentos, incluindo parte de Iowa. Mas é na manhã da sexta que os resultados da região mais atingida pelas tempestades daquele estado serão divulgados. Os números finais serão liberados de tarde.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram negativas em 12.700 toneladas na semana encerrada em 13 de agosto.
Para a temporada 2020/21, foram 2.573.200 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1,2 milhão a 3,9 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os exportadores privados não anunciaram novas vendas hoje, fato que também pressionou o mercado. Ao menos, as informações sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China foram mais positivas. Autoridades dos dois lados confirmaram que a retomada das conversas não está descartada.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 9,50 centavos ou 1,04% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,03 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,05 1/4 por bushel, com perda de 8,75 centavos ou 0,95%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,90 ou 0,62% a US$ 300,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 31,52 centavos de dólar, baixa de 0,45 centavo ou 1,4%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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