Porto Alegre, 4 de setembro de 2020 – Os preços do arroz no mercado brasileiro seguem sua escalada e não param de subir. Além da demanda aquecida desde março pela pandemia do novo coronavírus, pesa positivamente o valor elevado do dólar frente ao real – mesmo que a moeda tenha arrefecido nesta semana. No atual patamar de R$ 5,25 a R$ 5,30, segue favorável às exportações de arroz, enquanto encarece as importações – que serão necessárias até o final da temporada.
No Rio Grande do Sul, principal estado produtor, a saca de 50 quilos tinha média de R$ 101,60 no dia 3 de setembro, ante R$ 92,38 por saca no dia 27 de agosto. Em 30 dias, a alta acumulada era de 68,10%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a elevação chegava a 127,06%.
A intenção dos produtores do Rio Grande do Sul é semear 969.192 hectares nesta safra de arroz 2020/2021. O levantamento foi realizado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do Instituto Rio Grandense do Arroz, a partir de informações coletadas pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) do Irga junto aos orizicultores.
A projeção aponta para um crescimento de 3,5% em relação à área de 936.316 ha colhida na safra 2019/2020. São 32.876 hectares a mais. Já em relação à intenção de safra 2019/2020 (946.276 ha) projetada pelo Irga no ano passado, o crescimento é de 2,36% (mais 22.916 ha).
Conforme o levantamento da autarquia, os municípios gaúchos com maior intenção de área semeada de arroz são: Uruguaiana, com 78.500 ha; Santa Vitória do Palmar, 68.436 ha; Itaqui, 56.492 ha; e Alegrete, 54.837 ha.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2020 – Grupo CMA