São Paulo, 10 de setembro de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “ao invés de ficar brigando com a gente, o [presidente dos EUA, Donald] Trump podia conhecer o nosso sistema interligado”, ao acompanhar o início da energização do Linhão Manaus – Boa Vista, na manhã desta quarta-feira, na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em Brasília (DF).
A operação marcou o início do processo de conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) – o estado era o único que ainda não recebia energia do SIN. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, e outras autoridades participaram da cerimônia.
“Roraima hoje se integra totalmente ao Brasil, em todos os aspectos”, discursou Lula, após apertar o botão que marcou a conexão do Linhão do SIN.
Segundo o governo, a linha suporta 4 vezes mais o que atende Roraima. “Hoje ela será utilizada com 250 MW mas tem capacidade de transportar 750 MW”, disse o ministro.
Lula também disse que o estado brasileiro está devolvendo condições socioeconômicas à Roraima, como “a possibilidade extraordinária de comércio exterior com o Caribe, na venda de produtos de alimentação e industrializados”. O presidente disse que o Linhão Manaus-Boa Vista vai permitir que empresários tenham condições para investir na região, que agora conta com “energia e internet de qualidade”.
O presidente também destacou que a conexão vai reduzir os custos de energia e reduzirá o uso de termelétricas movidas a combustíveis fósseis.
Segundo segundo comunicado do Palácio do Planalto, o Linhão trará uma economia superior a R$600 milhões por ano nos custos com combustível para a geração termelétrica local que hoje abastece o Estado. Também haverá a redução de subsídios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), custeada por todos os consumidores na conta de energia elétrica.
MAPA COMPLETO – A Linha de Transmissão Manaus – Boa Vista completa o mapa energético do Brasil, com a integração de Roraima, o último estado da federação que estava isolado. Para isso, foram investidos R$ 2,6 bilhões de reais em aproximadamente 725 km de extensão, em circuito duplo de 500 quilovolts (kV), desde a Subestação Eng. Lechuga, no Amazonas, à Subestação Boa Vista, na capital de Roraima, com uma seccionadora (ponto de apoio intermediário) em Rorainópolis.
CONFIABILIDADE – Com a integração, Roraima passa a ter maior segurança energética, confiabilidade no suprimento e condições favoráveis de crescimento econômico. O empreendimento representa um marco para o setor elétrico e para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A substituição gradual das usinas térmicas por energia limpa e renovável reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em mais de 1 milhão de toneladas de CO por ano, além de gerar uma economia superior a R$ 600 milhões anuais nos custos com combustíveis fósseis.
ESCOAMENTO – O Linhão Manaus-Boa Vista assinala uma virada na matriz energética do Estado, tornando-a mais limpa e renovável. Com a estabilidade proporcionada pela interligação, diversas usinas térmicas serão desligadas, garantindo economia relevante para o setor elétrico. A interligação permitirá o escoamento de 700 megawatts (MW) de futuras Usinas Hidrelétricas (UHEs) inventariadas em Roraima para o SIN.
REDUÇÃO DE ENCARGOS – Atualmente, o abastecimento do estado dependia fortemente da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um encargo pago para subsidiar os sistemas isolados. No balanço ambiental, o impacto é expressivo: a geração térmica será reduzida em cerca de 50%, evitando a emissão de mais de 1 milhão de toneladas de CO por ano. Com a interligação, haverá redução superior a R$ 600 milhões por ano nesse custo, um benefício não só para o estado, mas para todos os consumidores.
BENEFICIOS – O consumidor terá acesso a energia estável, renovável e barata. A substituição das usinas termelétricas reduzirá custos e emissões de GEE, além de melhorar a qualidade de vida da população.
3 MIL EMPREGOS – Durante a fase de construção da linha de transmissão, foram gerados cerca de 3.000 empregos diretos, distribuídos entre canteiros de obra e escritórios, além de muitos outros indiretos decorrentes da cadeia produtiva necessária para fornecer os insumos utilizados.
Com informações do Palácio do Planalto.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA

