Ritmo de negócios com trigo é lento no Brasil; retomada deve ser gradual

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Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024 – O mercado brasileiro de trigo sofre pressão da sequência recente de quedas em Chicago e está diante de uma demanda enfraquecida. A situação crítica no Canal do Panamá, agravada pela seca que atinge a América Central, tem elevado os custos finais devido ao aumento nos fretes, causando impactos negativos na bolsa.

O preço de exportação do feed wheat (trigo para ração), trigo de qualidade inferior ao padrão moinho (PH abaixo de 76), mantém-se acima de R$ 1.000 nos portos.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, internamente, o ritmo é mais lento. A perspectiva é de que maiores volumes de aquisições pela indústria ocorram a partir de meados de fevereiro.

Os moinhos estão abastecidos, e a possibilidade de importação de trigo de qualidade a preços competitivos da Argentina segue sendo considerada. “A oferta predominante é, sem dúvida, de feed wheat (trigo para ração, menor qualidade, PH 72), com dados da Conab sugerindo uma colheita de aproximadamente 3 milhões de toneladas dessa variedade no Brasil”, salientou.

Line-up

De acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil, foi agendada a exortação de 949,252 mil toneladas no período de 1º a 16 de janeiro. Já a importação agendada é de 368,944 mil toneladas no período. O Porto de Rio Grande (RS) deve liderar a movimentação total, com 778,083 mil toneladas, somando-se exportação e importação.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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