Reunião de junho será oportuna para avaliar condições – Ata BCE

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     Porto Alegre, 14 de maio de 2021 – Os membros do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) concordaram em reavaliar as condições financeiras na próxima reunião, em junho, e reiteraram sua prontidão em ajustar seus instrumentos monetários, se necessário, de acordo com a ata reunião realizada nos dias 21 e 22 de abril.

     “Os membros recordaram que a reunião de política monetária de junho proporcionaria a próxima oportunidade para realizar uma avaliação exaustiva das condições de financiamento e das perspectivas de inflação”, diz a ata, citando a divulgação das novas projeções macroeconômicas.

     “O amplo apoio à política monetária continua a ser crucial para além do período de pandemia, a fim de sustentar a inflação e devolvê-la à meta inflacionária. O Conselho do BCE, portanto, precisa continuar pronto para ajustar todos os seus instrumentos, conforme necessário, para cumprir seu mandato”.

     Na reunião de abril, o BCE manteve seu programa de compra de emergência pandêmica (PEPP, na sigla em inglês) de US$ 1,850 trilhão de euros, e reiterou que as compras continuarão em ritmo mais alto neste trimestre, de forma flexível, para manter as condições financeiras favoráveis na zona do euro.

     Segundo a ata, na reunião os membros concordaram que “o ritmo futuro das compras ao abrigo do PEPP dependia dos dados e continuaria a basear-se na avaliação conjunta das condições de financiamento e das perspectivas de inflação”.

     Os membros concordaram que a recuperação na demanda global e medidas orçamentais adicionais apoiaram a atividade global e da zona do euro, ao mesmo tempo em que retrocessos nas campanhas de vacinação e taxas elevadas de novas infecções por covid-19 em vários países pesam no curto prazo. Assim, a economia da eurozona deve encolher o primeiro trimestre.

     “Os membros em geral esperam que uma recuperação mais forte na segunda metade de 2021, mas enfatizaram que a incerteza em torno da perspectiva de crescimento de curto prazo permanece alta”, enquanto os riscos se tornaram mais equilibrados no médio prazo, diz a ata.

     Com relação aos preços, os membros esperam que aumentem ligeiramente em 2021 devido a restrições de oferta de curto prazo e à recuperação da

procura interna, com alguma volatilidade na inflação no restante do ano. Já as expectativas de inflação a mais longo prazo mantiveram-se em níveis

baixos.

     Por fim, para os membros, as condições de financiamento da zona do euro permaneceram amplamente estáveis, com juros de títulos soberanos movendo-se de lado e desacoplados da reprecificação das taxas de juros dos Estados Unidos, enquanto o aumento no início do ano justifica um acompanhamento atento. Com informações da Agência CMA.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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