Porto Alegre, 6 de agosto de 2021 – O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de preços regionalizados. Chicago e dólar caminharam em direções opostas, dificultando a adoção de uma tendência para as cotações domésticas. A retração do vendedor, apostando em preços melhores nos próximos meses, completou o cenário de poucos negócios.
A saca de 60 quilos permaneceu estabilizada na casa de R$ 163,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço baixou de R$ 163,00 para R$ 162,50 na semana. Em Rondonópolis (MT), a cotação avançou de R$ 165,00 para R$ 167,50.
No Porto de Paranaguá, o preço oscilou entre R$ 167,50 e R$ 168,00 no período. Na exportação, a semana foi marcada pelo reporte de operações, com demanda chinesa tanto para a atual safra como para a futura. Os prêmios permaneceram firmes.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam recuo de 1,54% até o final da quinta, a US$ 13,28 ½ por bushel. A melhora no clima nos Estados Unidos e a fraca demanda pela soja americana mantiveram os contratos sob pressão.
No câmbio, o dólar comercial apresentou alta de 0,15% no período, fechando a quinta na casa de R$ 5,217. As preocupações com a economia global, em meio ao aumento dos casos da variante delta do coronavírus, e a instabilidade política no Brasil mantêm o dólar valorizado.
Para a próxima semana, as atenções deverão continuar voltadas para as previsões climáticas nos Estados Unidos e pela sinalização de compras chinesas, que nessa semana já deu sinais de recuperação. Na quinta, dia 12, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar o relatório de agosto e o mercado centra suas atenções nas estimativas de produtividade da safra americana.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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