Porto Alegre, 22 de setembro de 2022 – O rebanho bovino cresceu pelo terceiro ano consecutivo em 2021 e alcançou o número recorde da série histórica, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada hoje (22) pelo IBGE. O crescimento de 3,1% na comparação com 2020 fez o número de cabeças chegar a 224,6 milhões, ultrapassando o recorde anterior, de 2016 (218,2 milhões).
De acordo com Mariana Oliveira, analista da pesquisa, o ano de 2021 foi marcado pela retenção de fêmeas para produção de bezerros, assim como já havia sido em 2020, em contraponto à queda no abate de bovinos, devido à falta de animais prontos para o abate.
Mato Grosso, como em 2020, foi líder no ranking estadual, com 32,4 milhões de cabeças, ou 14,4% do efetivo nacional. A seguir vinha Goiás (10,8%). No ranking municipal, a liderança segue com São Félix do Xingu (PA), como em 2020, alcançando 2,5 milhões de cabeças.
O valor de produção dos principais produtos pecuários chegou a R$ 91,4 bilhões. A produção de leite concentrou 74,5% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (23,9%). No ranking municipal, mesma lista de 2020: Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior valor da produção, com R$ 1,4 bilhão, dos quais 94,1% da venda de ovos de galinha, produto no qual lidera o ranking. Bastos (SP) vem na sequência, com R$ 1,0 bilhão, 95,7% proveniente da mesma atividade que o anterior. Castro (PR) fecha o TOP3, como maior produtor nacional de leite de vaca, com 97,3% do valor de produção de R$ 901,9 milhões proveniente desse produto
O rebanho de suínos cresceu 3,2% em 2021, chegou-se a 42,5 milhões de animais, o maior efetivo nacional de suínos da série histórica da pesquisa. Segundo Mariana, o ano registrou aumentos históricos nos preços dos insumos “Foi um cenário desafiador aos produtores, principalmente os independentes, mas o abate de suínos cresceu e as exportações de carne suína seguiram aquecidas, atingindo recordes em volume e faturamento”, ressalta.
A Região Sul continua como a principal para a criação: 21,4 milhões de animais, metade do efetivo nacional. Com 8,4 milhões de cabeças, crescimento de 7,8%, Santa Catarina seguiu liderando em nível estadual, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul.
Entre os municípios, mais uma vez Toledo (PR) apresentou o maior efetivo, seguido dessa vez de Uberlândia (MG) e Rio Verde (GO).
Em 2021, a produção de ovos de galinha cresceu 1,7%, alcançando a marca de 4,8 bilhões de dúzias e batendo o recorde de 2020. Entre as regiões, o Sudeste continua liderando, mesmo com queda de 4% em relação ao ano anterior. A região é responsável por 40,4% do total nacional.
Entre os estados, são do Sudeste o primeiro (São Paulo, com 24%), o terceiro (Minas Gerais, com 8,5%) e o quinto (Espírito Santo, com 7,6%). Completam o TOP5 das unidades da federação o Paraná, em segundo com 9,4%, e o Rio Grande do Sul, em quarto com 7,9%, deixando o Sul como segunda maior produção regional: 22,9%.
Entre os municípios, os cinco primeiros são: Santa Maria de Jetibá (ES), com 339,5 milhões de dúzias, seguida por Bastos (SP), Primavera do Leste (MT), São Bento do Una (PE) e Itanhandu (MG).
Já o total de galináceos, que inclui galos, galinhas, frangos, frangas, pintinhos e pintainhas, aumentou 3,5% (52,2 milhões de animais) entre 2020 e 2021, chegando a 1,5 bilhão de cabeças.
Cascavel (PR) chegou, pela primeira vez, à liderança do ranking municipal dentre os 5.486 municípios que registraram presença de galináceos. O município paranaense teve aumento de 17,8% em seu efetivo em 2021, enquanto o antigo líder da lista, Santa Maria de Jetibá (ES), caiu para a 2a posição. Itaberaí (GO) e Cianorte (PR) ultrapassaram Bastos (SP), completando o TOP5. Com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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