São Paulo, 24 de julho de 2025 – A Raízen divulgou na noite desta quinta-feira a sua prévia operacional do primeiro trimestre do ano-safra 2025-2026 (1T/25-26). Os resultados preliminares mostram que a companhia encerrou a safra com moagem de cana-de-açúcar de 24,5 milhões de toneladas, inferior às 30,9 milhões de t na comparação anual. A companhia disse que as chuvas ao longo do trimestre reduziram o ritmo da moagem e limitaram a diluição de custos no período.
Em relação ao quarto trimestre do ano-safra 2024/2025, no entanto, houve aumento em relação às 0,7 milhões de toneladas produzidas antes.
Além disso, a empresa registrou queda na produtividade agrícola, com ATR (Açúcar Total Recuperável) para 121 kg/ton, de 124 kg/ton na comparação anual, e aumento na comparação trimestral, qunado registrou ATRS de 107 kg/ton no 4T/24-25. A produção de açúcar equivalente ficou entre 2.790-2.820 mil toneladas no 1T/25-26, abaixo 3.699 mil t um ano antes e acima de 85 mil t no trimestre anterior. O mix de produção ficou em 52% de açúcar e 48% de etanol, de 50%/50% um ano antes e 33% e 67% no trimestre anterior. As variações nestes indicadores refletem “impactos climáticos e queimadas ao longo da safra passada prejudicaram o desenvolvimento dos canaviais e reduziram a produtividade agrícola. Qualidade da cana viabilizou a maximização da produção de açúcar”, disse a companhia.
As vendas de etanol próprio caíram para 496 mil metros cúbicos no 1T/25-26, ante 672 mil m3 na base anual e 788 mil m3 na trimestral. Volume em linha com menor produção e estratégia de vendas para o ano e pPreços de venda em patamar similar aos praticados no mercado (base ESALQ).
O início das operações das plantas Univalem e Barra e expansão da produção na planta Bonfim resultou em aumento da produção de etanol de segunda geração (E2G), para 22,8 mil m3, de 16,2 mil m3 na base anual e 9,1 mil m3 no trimestre anterior.
Além disso, a empresa registrou um aumento no volume de vendas de açúcar, passando de 765 mil toneladas no 1T/24-25 e 969 mil t no 4T/24-25, para 995 mil t no 1T/25-26, que refletem “vendas alinhadas à disponibilidade de produto, estratégia de embarques ao longo do ano e fixação de preços”.
Em distribuição de combustíveis, a empresa reportou uma estimativa de volume comercializado no Brasil para um intervalo entre 6,720-6,800 milhões de m3 no 1T/25-26, de 6,708 milhões de m3 no mesmo intervalo do ano-safra anterior e 6,469 milhões de m3 no trimestre anterior. “Volume comercializado em linha com plano de expansão para o ano. Rentabilidade impactada por efeitos negativos de inventário. Substituição de parte relevante das operações de Convênios com Fornecedores por dívida”, explicou a empresa, no relatório.
No mercado argentino, a empresa informou uma estimativa de 1,720-1,760 milhão m3, de 1,828 milhão m3 no 1T/24-25 e 1,680 milhão m3 no 4T/24-25. A empresa espera que a rentabilidade seja impactada pela manutenção programada da refinaria, efeitos negativos de inventário.
Os resultados completos e auditados serão divulgados em 13 de agosto, após o fechamento do mercado.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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