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RADAR DO DIA: Trump detalha tarifas; PL da Reciprocidade no Brasil; ADP nos EUA

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em queda. O dia será marcado pelo anúncio das novas tarifas impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos seus parceiros comerciais, previsto para às 17h, quando serão detalhadas as medidas tarifárias recíprocas, intensificando a guerra comercial global.

O governador do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, expressou preocupação com os possíveis impactos negativos que as novas tarifas comerciais podem ter no comércio mundial. Ele destacou que as medidas protecionistas, que incluem taxações sobre importações de alumínio, aço e produtos chineses, podem afetar significativamente a atividade comercial global. “Há incertezas sobre como essas tarifas influenciarão a inflação e o crescimento econômico dos EUA no longo prazo, já que, embora possam elevar preços no curto prazo, também podem frear a demanda e a expansão econômica”, comentou.

Ueda ressaltou ainda que pretende discutir os possíveis impactos dessas medidas com outros líderes financeiros durante as reuniões do G20 e do FMI, marcadas para este mês em Washington. Enquanto isso, pesquisas globais já indicam uma desaceleração na atividade industrial em vários países, incluindo Japão, Reino Unido e EUA, à medida que empresas se preparam para os novos impostos comerciais.

Ontem, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia está pronta para retaliar caso os Estados Unidos imponham novas tarifas a produtos estrangeiros. “A Europa não iniciou este confronto. Não queremos necessariamente retaliar, mas temos um plano forte para fazê-lo, se necessário, salientou Von der Leyen. A UE já sofre com as tarifas americanas sobre aço e alumínio, que afetam seu setor industrial. Agora, teme que novas barreiras comerciais desestabilizem ainda mais o mercado e pressionem os preços.

No Brasil, o Plenário do Senado aprovou ontem o projeto que prevê medidas de resposta a barreiras comerciais impostas por outros países a produtos brasileiros. O PL 2.088/2023, chamada de PL da Reciprocidade Econômica, do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em caráter terminativo e seria encaminhado diretamente para a Câmara dos Deputados depois do prazo de cinco dias. Porém, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), apresentou um recurso para o texto passar pelo Plenário e outro para a matéria tramitar em regime de urgência, como forma de apressar a votação e o envio para a Câmara. A expectativa é que o texto seja aprovado pelos deputados nesta quarta-feira (2).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que o projeto é importantíssimo para o momento que o mundo está vivendo. Ele destacou o fato de a matéria ter sido aprovada de forma unânime, com 70 votos no Plenário. Para o presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o maior trunfo da diplomacia mundial é o princípio da reciprocidade.

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil vai esperar o anúncio detalhado das tarifas para decidir como vai agir. “Nós devemos aguardar o que os EUA vai fazer amanhã. E depois de ter conhecimento das medidas, o Brasil vai decidir”, disse o também ministro do Desenvolvimento. Segundo ele, o governo tem o dever de proteger e fortalecer a economia brasileira, “as empresas que trabalham aqui e exportam”. Alckmin reiterou que o relacionamento com os Estados Unidos é importante, “embora a gente compre mais deles que eles de nós”.

Ainda nos Estados Unidos, hoje saem os números da mercado de trabalho do setor privado apurado pela Automatic Data Processing (ADP) e pela Macroeconomic Adviser, referente a março. Em fevereiro, os EUA criaram 77 mil vagas de trabalho, excluindo o setor rural. Analistas esperavam a criação de 140 mil vagas. O número de vagas criadas em janeiro subiu para 186 mil após revisão. Na ocasião, Nela Richardson, economista-chefe da ADP, disse que a incerteza política e uma desaceleração nos gastos do consumidor podem ter levado a demissões ou a uma redução nas contratações em fevereiro.

Emerson Lopes / Safras News
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