São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em queda. Após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), dos EUA, referente a abril, que mostrou um aumento abaixo do esperado, subindo 0,2% em relação a março, hoje é dia de conhecer os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês).
Ontem, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, com o S&P ampliando o forte início de semana que colocou o índice em terreno positivo no ano. Na semana, o S&P 500 e o Dow acumulam ganhos superiores a 4% e quase 2%, respectivamente. O Nasdaq saltou mais de 6%.
O apetite por risco cresceu nesta semana depois que Estados Unidos e China reduziram temporariamente tarifas sobre uma ampla gama de produtos. Os Estados Unidos cortaram suas tarifas à China para 30% no início da semana, enquanto Pequim reduziu as suas para 10% sobre importações americanas. Em abril, ambas as nações ameaçaram impor taxas acima de 100 uma sobre a outra.
Hoje, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a Índia fez uma oferta para reduzir as tarifas sobre produtos norte-americanos, enquanto o país asiático negocia um acordo para evitar impostos de importação mais altos. Trump afirmou que o governo indiano ofereceu um acordo em que basicamente eles estão dispostos a literalmente não nos cobrar nenhuma tarifa. Até o momento, nenhum detalhe foi divulgado pelo governo dos EUA ou confirmado pelo governo indiano.
Após a divulgação do CPI, a ferramenta de monitoramento do CME Group, apontou que a maior probabilidade agora é de que o Fed promova um corte acumulado de 0,50 ponto percentual (pp) até dezembro, com 37% de chance. Antes do CPI, o mercado apostava majoritariamente em um corte de 0,75 p.p., que agora representa 30,1% das projeções, leve recuo em relação aos 30,7% anteriores.
Por outro lado, a possibilidade de uma redução mais branda, de 0,25 pp, ganhou tração, subindo de 18,8% para 19,4%, o que indica maior cautela dos investidores quanto ao ritmo de flexibilização da política monetária. Apesar da revisão nas apostas para 2025, setembro continua sendo visto como o mês mais provável para o início do ciclo de cortes ainda neste ano. A ferramenta apontava, ontem, 78,1% de chance de algum nível de corte na reunião de setembro. Para julho, a expectativa predominante é de manutenção dos juros, com 61,4% de probabilidade, frente a 38,6% para um corte.
Por aqui, hoje saem os números do Varejo, que deve subir 1,10% em março ante fevereiro. Na comparação interanual, é projetada uma queda de 0,50%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro Safras. As previsões de seis instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre 0,90% e 1,70%, com a média das projeções em 1,23%. Na comparação com o mesmo mês de 2024, as previsões de cinco “casas” consultadas variam entre -1,00% e +0,50% (média em -0,32%).
A temporada de balanço com os resultados do primeiro trimestre de 2025 continua, com os números da CPFL, Eztec, Cyrela, Marfrig, BRF, Cosan, Gol e Banco do Brasil.
No setor corporativo, a Casas Bahia Energia divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com prejuízo líquido de R$ 408 milhões, elevando assim o prejuízo registrado no mesmo período de 2024 (1T24), que foi de R$ 261 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 570 milhões, aumento de 47,3% frente ao 1T24. A margem Ebitda ajustado ficou em 8,2%, alta de 2,1 pontos porcentuais na comparação anual.
A Americanas divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025, com prejuízo líquido ajustado de R$ 496 milhões, queda de 16,4% em relação ao mesmo período de 2024 (1T24). Segundo a companhia, o resultado foi impactado pelo descasamento da data da Páscoa, importantíssimo evento no calendário de vendas da Companhia, e que esse ano ocorreu no segundo trimestre. Olhando a performance operacional excluindo-se esse efeito sazonal, a Americanas segue uma trajetória de contínua melhoria operacional. Como exemplo dessa tendência, os resultados da Páscoa, aqui apresentados na métrica somente de vendas mesmas lojas, trazem crescimento de dois dígitos.
A Oi divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com lucro líquido de R$ 1,65 bilhão, revertendo o prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões registrado no mesmo período de 2024 (1T24), que foi de R$ 261 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) reportado foi de R$ 3,2 bilhões, revertendo o resultado negativo de R$ 204 milhões do 1T24. E o Ebitda de rotina ficou negativo em R$ 433 milhões, alta de 158% em relação ao resultado negativo do 1T24.
A Equatorial Energia divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido ajustado de R$ 411 milhões, queda de 16,4% em relação ao mesmo período de 2024 (1T24). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 2,889 bilhões, aumento de 14,5% frente ao 1T24. A margem Ebitda ajustado ficou em 25,5%, queda de 0,8 ponto porcentual na comparação anual.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), deliberou pela recomendação de antecipação do início do suprimento de energia de empreendimentos termelétricos contratados no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2021. A medida tem como objetivo reforçar a segurança do atendimento eletroenergético nacional a partir de agosto de 2025.
O Banco do Brasil (BB) e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) assinaram um termo de compromisso de US$ 1 bilhão para ampliar financiamentos a empresas brasileiras e chinesas. O acordo foi assinado em Pequim, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático.
A Eletrobras obteve prejuízo líquido de R$ 354 milhões no primeiro trimestre de 2025, ante lucro líquido de R$ 331 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. Em base ajustada, o prejuízo líquido societário foi negativo em R$ 81 milhões (queda de 115,7% vs. 4T24), impactado negativamente pela reversão de R$ 952 milhões na Chesf de parte do valor reconhecido como remensuração regulatória em 2024 após os processos de Revisão Tarifária Periódica dos
contratos de transmissão.
O lucro líquido da administradora de shoppings centers Allos cresceu de R$ 65,8 milhões no primeiro trimestre de 2024 para R$ 254,6 milhões no mesmo intervalo deste ano. Sem considerar o ajuste de aluguel linear, o avanço foi de R$ 59,9 milhões para R$ 242,2 milhões, na mesma base de comparação. A companhia informou que o resultado do 1T24 é reportado no conceito pro-forma, que consiste em aplicar as participações atuais às bases históricas, de forma a torná-las comparáveis.
A Boeing e a GE Aerospace receberam um pedido de US$ 96 bilhões da Qatar Airways, enquanto o presidente Trump busca impulsionar investimentos em defesa e aviação no Oriente Médio, após acordos em inteligência artificial e tecnologia anunciados na terça-feira. As informações são da agência de notícias “Dow Jones”.
O Grupo Carrefour Brasil informou que, após a aprovação da reorganização societária para unificar as bases acionárias da companhia com as do seu controlador na França, Carrefour S.A. (CSA), terminou ontem (12) o período para que os seus acionistas exercessem sua opção de recebimento de ações, que resultou na escolha de 105.668.251 da Classe A, 66.538 da Classe B e 581.088.952 da Classe C emitidas pela Brachiosaurus 422 Participações S.A. (MergerSub).
A Eletrobras, em conjunto com a sua subsidiária Eletronorte, informou que, após atendidas as condições precedentes acordadas, concluiu o fechamento parcial da venda das térmicas para o grupo J&F (sucessor da Âmbar Energia no acordo).
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) reuniu entidades e empresas do setor em seminário sobre gás natural, nesta quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro. O vice-presidente da Associação Internacional de Gás (IGU, na sigla em inglês), Andreas Stegher, por exemplo, defendeu o gás natural como estratégico no processo de “evolução energética”, em um mix com fontes de energia renovável para assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível para todos.
O empresário Wesley Batista, conselheiro da JBS, expressou uma visão otimista em relação ao Brasil, mesmo diante de um contexto internacional complexo. “Quando você olha os números, por exemplo, o de desemprego, nós não estamos mal. Balança, nós não estamos mal. Reformas, eu acho que o Brasil tem avançado”, afirmou. A avaliação foi feita durante painel do fórum VEJA Brazil Insights Nova York. O evento reuniu importantes autoridades, parlamentares e empresários do Brasil para debater as oportunidades e os desafios para o país.
O Ministério dos Transportes publicou na terça-feira (13) o edital do leilão de concessão da ponte São Borja Santo Tomé, que liga o Brasil à Argentina, que ocorrerá em 15 de julho. A expectativa é que o trecho receba investimentos de aproximadamente US$99 milhões durante os 25 anos de contrato. O critério do leilão será o maior valor de outorga fixa oferecido pelo participante.
Emerson Lopes / Safras News
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