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RADAR DO DIA: Semana terá foco nas decisões do Fomc e Copom sobre juros; Focus reduz IPCA e Selic em 2025

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em queda e as bolsas europeias em instabilidade. A semana será marcada pelas decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (FED, o banco central dos Estados Unidos) e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil sobre os juros, na quarta-feira (7). A expectativa é que o Fed mantenha os juros e o Copom eleve em 0,50 ponto percentual a Selic.

Após a decisão do Fed, o mercado aguarda as declarações do presidente da instituição, Jerome Powell, que vai ser analisado com lupa pelos investidores, para ter mais pistas sobre como o banco deve agir nos próximos meses especialmente diante das tarifas do presidente do EUA, Donald Trump, sobre as importações de seus principais parceiros comerciais, entre eles, China, Canadá e México.

Apesar da distensionamento das relações entre China e EUA, que mostram sinais de que pode haver conversas para se ter um acordo para reduzir as taxas alfandegárias, ainda é cedo para saber os próximos passos e o que a guerra comercial ainda trará. Na semana passada, a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2025 mostrou uma uma contração de 0,3% em base trimestral, ante um crescimento médio de 2% registrado em 2024. O que derrubou o PIB foi o aumento das importações, que foram feitas para fazer um ‘estoque’ antes das tarifas anunciadas por Trump.

O payroll mostrou a criação de 177 mil vagas de trabalho em abril, acima da previsão de 135 mil. Embora o saldo tenha sido positivo, a renda média do trabalhador norte-americano foi de 0,2%, abaixo dos 0,3% de previsão. Além disso, o departamento do Trabalho dos EUA revisou para baixo a criação de vagas nos meses de março e fevereiro.

Por aqui, o mercado já precifica o aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. Na semana passada, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo disse que a instituição e o Comitê de Política Monetária (Copom) não têm desconforto com a meta de inflação de 3%. “Estamos fazendo nosso caminho para perseguir a meta. O Brasil não está fora do normal ao ter essa meta.

Galípolo reiterou a preocupação com o fato do Brasil conviver com taxas de juros elevadas e, mesmo assim, a economia não dar sinais de arrefecimento. O diretor de Política Econômica do BC, Digo Guillen, reforçou o posicionamento de Galípolo. “Eu não relacionaria a questão da rentabilidade com a meta. É mais questão da política monetária tendo impacto nos resultados”, completou.

O presidente do BC ressaltou ainda que a comunicação do Copom passou muito bem os últimos 40 dias e segue vigente. “A dinâmica desafiadora da inflação justifica a

extensão do ciclo. O ambiente de incerteza demanda cautela e grau de flexibilidade. Está valendo tudo que foi colocado na comunicação anterior”, disse, reforçando que a fluidez menor na transmissão da política monetária implica em conviver com patamar mais elevado de juro para se ter o mesmo efeito. “Vamos colocar a taxa no patamar suficiente e pelo período necessário para convergir a inflação à meta”, conclui Galípolo.

Hoje pela manhã também foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a previsão para 2025 recuou de 5,55% para 5,53%. Para 2026, a expectativa para a inflação ficou estável em 4,51%. A meta para a inflação no período é de 3%.

Sobre a taxa Selic, a previsão para 2025 recuou de 15% para 14,75%. Já para 2026, o índice ficou estável em 12,50%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsões para 2025 e 2026 permaneceram estáveis, respectivamente, em 2% e 1,70%. Sobre o dólar, a cotação para 2025 recuou de R$ 5,90 para R$ 5,86%. Em 2026, a previsão para o dólar passou de R$ 5,95 para R$ 5,91.

No setor corporativo, a Gol atualizou suas projeções financeiras em apoio ao processo de financiamento da sua saída do Chapter 11, com perspectiva de uma receita líquida total entre R$ 22,1 bilhões e R$ 22,7 bilhões e Ebitda entre R$ 5,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões em 2025. Para o primeiro trimestre deste ano, a margem Ebitda deve ficar em 27%, em linha com o trimestre encerrado em março de 2024. A receita unitária por passageiro (PRASK) deve crescer cerca de 5% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A receita unitária (RASK) deve aumentar aproximadamente 6%.

Na semana, 47 empresas do Ibovespa divulgam seus resultados do primeiro trimestre. Na segunda (5), BB Seguridade, Motiva (ex-CCR), TIM, Pão de Açúcar, após pregão; na terça (6), será a vez de Caixa Seguridade, Carrefour, Embraer, Prio, RD Saúde, Vamos e Vibra; na quarta (7), Auren, Automob, Bradesco, Klabin, Minerva, Ultrapar, Vivara, Engie Brasil, Rede D’Or e Taesa; na quinta (8), CSN, CSN Mineração, Itaú Unibanco, Ambev, Assaí, B3, Cemig, Cogna, Copel, Energisa, Fleury, Hapvida, Localiza, Lojas Renner, LWSA, Magazine Luiza, MRV, Petroreconcavo, Petz, Rumo, Smart Fit, Suzano, Totvs, Azzas 2154; e na sexta (9), Braskem e Porto.

Entre 5 e 8 de maio, a Petrobras participa da conferência anual da indústria de petróleo e gás em águas profundas Offshore Technology Conference (OTC) 2025, em Houston, nos Estados Unidos. O evento reúne líderes, especialistas e empresas globais para debater as principais inovações e desafios da indústria offshore. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, participa da sessão de abertura na segunda-feira (5), às 9h (horário local), e no mesmo dia, às 14h, volta à programação como keynote speaker de painel sobre oportunidades do mercado offshore brasileiro, com destaque para os leilões de áreas exploratórias, descomissionamento e fontes energéticas emergentes. Logo em seguida, a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi participa de debate sob o mesmo tema.

A US Steel reportou prejuízo de US$ 116 milhões no primeiro trimestre de 2025, ante um lucro líquido de US$ 171 milhões no mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a receita caiu 10%, para US$ 3,730 bilhões.

Os analistas do Goldman Sachs aumentaram em 4% a previsão para o ebitda da JBS no primeiro trimestre, em 13 de maio, para R$ 9,3 bilhões, 7% à frente do consenso da Bloomberg. Eles elevaram em 14% a projeção de um ebitda para o ano fiscal de 2025, para R$ 39,2 bilhões, 3% superior ao da Bloomberg, para um rendimento de fluxo de caixa livre de 8%. O GS elevou o preço-alvo de 12 meses das ações da JBS em 7%, para R$ 54,2, de R$ 50,5, com base na avaliação, e reiterou a recomendação de compra.

A Genial Investimentos divulgou as dez ações que compõem sua Carteira Recomendada Ibovespa 10+ de maio, com a mudança de cinco de suas recomendações em relação a abril. Cemig (CMIG4), Energisa (ENGI11), Irani (RANI3), Localiza (RENT3) e Tenda (TEND3) entraram no lugar da Brasil Agro (AGRO3), BTG Pactual (BPAC11), Equatorial (EQTL3), Oceanpact (OPCT3) e Santander (SANB11).

O Santander divulgou a carteira recomendada Ibovespa + de maio, mantendo todos os ativos recomendados de abril, mas com recuo do peso da Petrobras e Vale, que passaram, respectivamente, de 13% para 11%, e de 12% para 11%, e aumento do peso da CCR, Cyrela e Itaú, respectivamente, de 8% para 9%, e de 7% para 8% e de 10% para 11%. Os ativos da carteira de abril são: Banco do Brasil, CCR, Cyrela, Itaú Unibanco, JBS, Multiplan, Petrobras, Sabesp, Totvs, Vale e Weg.

A 30a edição da Agrishow, que terminou na sexta-feira (2), em Ribeirão Preto (SP), alcançou volume recorde em intenções de negócios, especificamente no setor de máquinas e implementos agrícolas. No total foram registrados R$ 14,6 bilhões com o aumento de 7% em relação à 2024, ano em que chegou a R$ 13,6 bilhões de intenções de negócios.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a informação repassada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a isenção de tarifa anunciada pela Coreia do Sul para a carne suína do Brasil. A isenção é válida sobre uma cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada (exceto sobre o produto barriga) para o destino asiático. Antes disso, a tarifa imposta era de 25% sobre o valor total do produto.

A Mastercard registrou um forte crescimento no lucro líquido e na receita do primeiro trimestre, impulsionado por um aumento no volume de gastos e pela expansão de suas redes de comerciantes. A empresa, sediada em Purchase, Nova York, divulgou lucro líquido de US$ 3,3 bilhões, ou US$ 3,59 por ação, em comparação com US$ 3 bilhões, ou US$ 3,22 por ação, no mesmo período do ano anterior.

O McDonald’s registrou queda de 3% na receita do último trimestre, impulsionada principalmente pela redução no número de clientes em suas unidades nos Estados Unidos. As vendas nas mesmas lojas caíram 3,6% no mercado doméstico, marcando o segundo trimestre consecutivo de retração. A desaceleração foi maior do que o previsto por analistas, refletindo a cautela dos consumidores em meio a um cenário econômico incerto.

Emerson Lopes / Safras News

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