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RADAR DO DIA: PMIs nos EUA; ata do BCE; Haddad e Tebet detalham relatório de receitas e despesas

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em instabilidade e as bolsas europeias em queda. O dia será marcado pela divulgação de índices preliminares dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e serviços de diversos países, entre eles, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido. Por aqui, a expectativa é para a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do
Orçamento, para apresentar o quadro fiscal de 2025 e 2026.

Outro ponto de atenção é para o Comitê de Regras da Câmara dos Estados Unidos, que aprovou ontem o projeto de lei tributária do presidente Donald Trump. Agora a proposta segue para votação no plenário, prevista para hoje. Os mercados caíram ontem com temores de que o projeto de gastos de Trump seja aprovado e leve a déficits federais explosivos e a um enfraquecimento da saúde fiscal de longo prazo dos EUA. O rendimento do título do Tesouro de 30 anos atingiu 5,09%.

Ontem, a mensagem de três presidentes regionais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) durante a conferência de mercados financeiros do Fed de Atlanta foi de não esperar nem por cortes na taxa de juros nem por uma recessão na economia. Mary Daly, de São Francisco, Beth Hammack, de Cleveland, e Raphael Bostic, de Atlanta, descreveram uma abordagem cautelosa, guiada mais pela incerteza do que por urgência.

Na semana passada, a Moodys rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos e projetou que o déficit fiscal federal deve chegar a quase 9% do PIB em 2025, frente aos 6,4% de 2024. A decisão levantou novas dúvidas sobre a capacidade de Washington em administrar sua dívida a longo prazo, mesmo com a Casa Branca pressionando por mais cortes de impostos. Bostic afirmou ainda que atualmente vê espaço para apenas um corte de juros neste ano, em contraste com as projeções oficiais do banco central dos Estados Unidos, que indicavam dois cortes em 2025.

Na Europa, hoje pela manhã foi divulgado a ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que apontou que a inflação continua a evoluir conforme o esperado, e que a turbulência nos mercados do Tesouro dos EUA não teve repercussões no funcionamento dos mercados de títulos soberanos da zona do euro. Por fim, o documento ressaltou que o corte de 0,25 ponto percentual foi importante para garantir que a inflação se estabilizasse na meta de forma sustentável. “Continua a ser mais importante do que nunca manter a agilidade no ajuste da postura conforme apropriado em cada reunião e não se comprometer previamente com nenhuma trajetória de taxa específica”, alertou a ata. O BCE reduziu a sua taxa de juro de referência em 0,25 ponto percentual, para 2,25%, no mês passado. Foi a sétima redução em um período de 12 meses. Hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publica sua leitura do PIB agregado das economias-membro.

Por aqui, a expectativa é para a coletiva de imprensa que será realizado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, às 15h, para falar sobre o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do segundo bimestre de 2025. Participam da coletiva o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, os secretários-executivos Dario Durigan e Gustavo Guimarães, o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, todos os agentes estão atentos à perspectiva de resultado primário, se estará alinhado com a meta de zerar o déficit ou não, e também à possibilidade de congelamento/contingenciamento. “Esperamos que sejam anunciados R$ 10 bilhões em contingenciamento neste relatório, mas sem alteração da ultraambiciosa meta de zerar o déficit. A presença de Haddad e Tebet amplia nosso receio quanto ao relatório, à medida que, se a divulgação apresentasse o preconizado pelo bom curso das contas públicas, não seria necessária a presença das duas autoridades no evento”, apontou Sanchez.

Para a Warren Investimentos, diante do bom desempenho do primeiro quadrimestre, dificilmente o governo Lula defenderá um ajuste mais robusto. “Deve optar, como temos dito, pela estratégia de avaliar, ao longo do ano, a dimensão da desaceleração da atividade e das receitas, para então se decidir sobre o aumento da contenção de gastos inicial. Nas nossas contas, entendemos que o congelamento necessário seria de R$ 25 a 30 bilhões e que o governo anunciará, neste relatório bimestral, algo em torno de R$ 15 bilhões”, conclui.

Ontem, em relatório divulgado pelo Morgan Stanley, o banco de investimentos elevou a recomendação dos papéis brasileiro para overweight – o equivalente à compra – citando perspectivas de mudança de governo nas próximas eleições e o preço descontado dos ativos. O documento ainda detalha setores e ações recomendadas pelo Morgan Stanley no país, apresentando a entrada e saída de empresas do modelo. Entre os setores, o banco de investimento destacou energia e agricultura, com melhor combinação entre risco e retorno, além dos setores de serviços
financeiros, empresas estatais, serviços públicos e concessões. Por fim, o relatório prevê que o principal índice da bolsa brasileira alcance os 189 mil pontos em meados de 2026, o que representaria uma alta de 36% em relação ao cenário atual.

No setor corporativo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes realizam, nesta quinta-feira (22/5), às 14h (horário de Brasília), na sede da B3, em São Paulo (SP), o primeiro leilão de otimização contratual de uma concessão rodoviária federal. O edital contempla a BR-163/MS, atualmente operada pela MSVia, e representa uma atualização do contrato, com mais investimentos e melhorias para a rodovia.

O Banco do Brasil aprovou a distribuição de R$ 516,3 milhões, ou R$ 0,09044686629 por ação, em remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio, relativos ao segundo trimestre de 2025. Os valores serão pagos em 12 de junho, tendo como base a posição acionária de 2 de junho.

A Rússia reverteu parcialmente a suspensão imposta às importações de frangos do Brasil e voltou a autorizar a compra de granjas localizadas fora do Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada à CNN na tarde desta quarta-feira (21) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A decisão foi oficializada após reuniões técnicas entre as autoridades sanitárias dos dois países.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou nota oficial com críticas ao projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021), que, após quase quatro anos de tramitação, ontem (20), recebeu parecer favorável na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal. O texto ainda será votado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e, em seguida, no Plenário do Senado. Para a pasta, o projeto de lei do licenciamento ambiental desestrutura regramento e viola Constituição.

Três empresas venceram o leilão de concessão para manejo sustentável da Floresta Nacional do Jatuarana, localizada no sul do Amazonas: OC Prime Comércio e Industrialização de Madeiras, com oferta de R$ 244,98 e outorga fixa de R$ 4 milhões; E. Eduardo da Silva Ltda, ao apresentar proposta no valor R$ 193,65 e outorga fixa de R$ 5 milhões; e a Brasil Tropical Pisos Ltda, levou duas áreas, com oferta de R$ 150,48 e outorga de R$ 2,2 milhões e de R$ 152,86 e outorga fixa de R$ 2,2 milhões. A licitação da primeira concessão de floresta da região Norte de um projeto estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), foi realizada nesta quarta-feira (21/5), na sede da B3, em São Paulo (SP).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, participou nesta quarta-feira (21), no Palácio do Planalto, de reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o encontro, Davi ressaltou a importância de enfrentar o debate sobre a Medida Provisória da Reforma do Setor Elétrico com coragem e responsabilidade, ouvindo todos os setores envolvidos. A MP será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União (DOU) e começará a tramitar no Congresso. Com efeito imediato, ela deverá ser apreciada e aprovada em até 120 dias para se tornar lei definitiva.

O ministro da Educação, Camilo Santana, rebateu na Câmara dos Deputados críticas ao decreto do governo proibindo o ensino a distância (EaD) para os cursos de direito, medicina, enfermagem, odontologia e psicologia, publicado nesta semana. Em audiência pública na Comissão de Educação, nesta quarta-feira (21), ele também detalhou as políticas de alfabetização do governo.

O Ministério Público Federal (MPF) convocou o Banco do Brasil (BB) para uma reunião, no próximo dia 9 de junho, com o objetivo de discutir o planejamento e a execução das medidas de reparação da escravidão indicadas pela instituição bancária. A reunião busca entender mais de perto medidas apresentadas em relatório do banco, que detalha 114 iniciativas voltadas à promoção da igualdade racial.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu pelo deferimento parcial do pedido da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee) que afetaria a apuração do critério de eficiência com relação à gestão econômico-financeira disposto na Resolução Normativa nº 948/2021. A Aneel disse que, em caso de descumprimento do indicador, as distribuidoras deverão apresentar à agência, em 180 dias, comprovantes de aporte de capital dos acionistas das concessionárias.

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, 20/5, o aprimoramento da metodologia de cálculo dos custos operacionais regulatórios a serem considerados nas revisões tarifárias periódicas das concessionárias de distribuição de energia elétrica. O assunto é regulado por meio dos submódulos 2.2 e 2.2A do Proret e foi discutido na Consulta Pública 62/2020. Em média, os custos operacionais representam cerca de 15% do valor das tarifas residenciais. A nova regra não será aplicada a revisões tarifárias cujas consultas públicas já tenham sido abertas em 2025.

A Autoridade Portuária de Santos (APS) encerrou o mês de abril de 2025 com lucro líquido de R$ 74,7 milhões, impulsionado principalmente pelo desempenho das aplicações financeiras e pela redução nos custos de dragagem.

Emerson Lopes / Safras News
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