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RADAR DO DIA: Juros nos EUA e no Brasil; BoE define taxa; Orçamento em Brasília

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em alta e as bolsas europeias em estabilidade. O mercado ainda repercute a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que ontem manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%. Após o anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o Fed vê as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um fator que exerce pressão ascendente sobre as expectativas de inflação no curto prazo.

“Olhando para o futuro, a nova administração está implementando mudanças políticas significativas em quatro áreas distintas: comércio, imigração, política fiscal e desregulamentação. É o efeito líquido dessas políticas que será importante para a economia e para o caminho da política monetária”, acrescentou, que ressaltou ainda que o Fed olha para o longo prazo para avaliar expectativas de inflação bem ancorada. O Fed reafirmou sua previsão de
dois cortes de juros ainda este ano, destacando que a “incerteza em relação às perspectivas econômicas aumentou”.

O Fed revisou para baixo sua perspectiva de crescimento econômico, ao mesmo tempo em que elevou sua projeção de inflação. O banco central agora prevê que a economia dos Estados Unidos crescerá a um ritmo de 1,7% este ano, uma queda de 0,4 ponto percentual em relação à previsão de dezembro. A inflação subjacente deve crescer a um ritmo anual de 2,8%, aumento de 0,3 ponto percentual em relação à leitura anterior, a taxa de desemprego subiu de 4,3% para 4,4% em 2025 e para inflação pelo PCE avançou de 2,5% para 2,7% este ano.

Na China, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) anunciou ontem à noite sua decisão de política monetária, na qual mantém os juros de um ano (LPR, ou loan prime rate) em 3,1% e a de cinco anos em 3,6%. “O Banco Popular da China autorizou o Centro Nacional de Financiamento Interbancário a anunciar que a taxa de referência do mercado de empréstimos (LPR) em 20 de março de 2025 será: LPR de 1 ano é 3,1%, e LPR por mais de 5 anos é 3,6%. O LPR acima é válido até que o próximo LPR seja lançado”, diz o comunicado do banco.

Hoje também sai a decisão do Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra (BoE) sobre os juros. Em fevereiro, a taxa recuou 0,25 ponto percentual (pp), que agora está em 4,5%. A decisão foi de sete votos a favor da queda de 0,25 pp e dois votos favoráveis a uma redução maior, de 0,50 pp. Para os analistas do os analistas da ING, o próximo corte deve ocorrer em maio, seguido por reduções em agosto e novembro.

Por aqui, ontem o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1,00 ponto percentual para 14,25% ao ano, em decisão foi unânime. Em seu comunicado, o Copom afirmou que “diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”.

Para Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, considerando o quadro ainda bastante desafiador para a inflação e a ausência de convicção sobre o panorama da atividade econômica, “a expectativa é que autoridade monetária entregará mais uma elevação de 75 pontos-base na próxima reunião e encerrará o ciclo de aperto monetário com uma taxa terminal de 15,0% a.a.”.

Para a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o Brasil já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo, e com a recente calibragem da Selic, torna ainda mais difícil fomentar o nível de investimento necessário para o país se manter competitivo internacionalmente neste cenário de neoprotecionismo. “No que se refere à inflação doméstica, a APAS entende que o controle inflacionário na atual conjuntura tende a ser mais eficiente com a adoção de um conjunto de medidas econômicas e não apenas a calibragem da taxa de juros”, apontou.

Em Brasília, o Congresso Nacional realiza nesta quinta-feira (20) sessão para votar a proposta orçamentária para 2025 (PLN 26/24). A votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO), que seria na sexta-feira (21), será antecipada também para esta quinta-feira, após a leitura do relatório final do senador Angelo Coronel (PSD-BA). Depois da votação na CMO, a proposta deverá ser votada pelo Congresso.

A Lei orçamentária anual (LOA) deveria ter sido votada no fim do ano passado pelo Congresso, mas questões políticas provocaram atrasos, como a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de suspender a execução das emendas parlamentares ao Orçamento. Na semana passada, o Congresso aprovou novas regras para apresentação e indicação dessas emendas. A Resolução 1/25 foi promulgada na sexta-feira (14) e deve destravar a votação do Orçamento.

A temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 continua nesta quinta-feira, com os números da Automob, Brava Energia, Cemig, Cyrela, Eneva, Hypera e Petz, após o fechamento do mercado.

No setor corporativo, a PetroReconcavo divulgou na noite de ontem (19) o balanço do quarto trimestre de 2024, com lucro líquido ajustado de R$ 181 milhões, queda de 3% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido ajustado foi de R$ 680 milhões, queda de 4% em comparação a 2023. O lucro operacional do ano foi de R$ 948 milhões, aumento de 39% em relação a 2023, e de R$ 243 milhões no trimestre, aumento de 3% versus o trimestre anterior.

A Petrobras informou que foi a vencedora do processo de venda spot promovido pela PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A) para comercializar duas cargas de petróleo da União do campo de Itapu, com volume estimado de 500 mil barris cada. As cargas arrematadas têm previsão de carregamento até julho de 2025.

A Gerdau informa que recebeu dos seus acionistas preferencialistas Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e BB Gestão de Recursos DTVM S.A. a comunicação da desistência da indicação do Sr. Claudio Antonio Gonçalves ao cargo de membro independente do Conselho de Administração da Companhia, cuja deliberação ocorreria na Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 10 de abril.

O Grupo Pão de Açúcar informa que liquidou nesta data um empréstimo contratado junto ao Rabobank, no valor de 75 milhões de euros (aproximadamente R$ 469 milhões), que foi integralmente convertido para moeda corrente nacional por meio de operação de derivativos contratada pela companhia. O prazo de vencimento é de três anos, com pagamento em parcela única e juros semestrais.

A BB Investimentos elevou o preço-alvo do papel da Marfrig (MRFG3) de R$ 15,80 para R$ 20,60, com potencial de valorização de 29,8%, e manteve a recomendação de compra após o resultado do quarto trimestre de 2024 (4T24), divulgado pela companhia em 26 de fevereiro. Os analistas consideram que o ano de 2024 para a Marfrig foi muito positivo, marcado por uma melhoria de rentabilidade e maior geração de caixa.

Emerson Lopes / Safras News
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