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RADAR DO DIA: Juros na China; nota de crédito dos EUA; medidas fiscais no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O Banco Popular da China (PBoC) anunciou na noite desta segunda-feira o primeiro corte nas taxas de juros de referência em 2025, numa tentativa de estimular a atividade econômica e fortalecer a demanda doméstica.

A taxa de empréstimo de um ano caiu de 3,10% para 3%, enquanto a taxa de cinco anos, usada como base para financiamentos imobiliários, recuou de 3,60% para 3,50%. Antes da redução nas taxas de referência, o banco central chinês já havia cortado, no início do mês, a taxa de recompra reversa de sete dias em 0,10 ponto percentual.

Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Atlanta, Raphael Bostic, disse que o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moodys pode ter implicações nos preços que os formuladores de política do Federal Reserve precisarão monitorar. O comentário veio após a Moodys, no final da semana passada, cortar sua classificação da dívida dos Estados Unidos de Aaa para Aa1, citando déficits orçamentários crescentes e disfunção política em Washington.

A Moodys agora projeta que o déficit federal dos Estados Unidos subirá para quase 9% do produto interno bruto em 2025, ante 6,4% em 2024. Esse rebaixamento levanta dúvidas sobre a capacidade dos Estados Unidos de administrar seus gastos e dívidas no longo prazo. Bostic afirmou ainda que atualmente vê espaço para apenas um corte de juros neste ano, em contraste com as projeções oficiais do banco central dos Estados Unidos, que indicavam dois cortes em 2025.

Na Europa, a inflação do Reino Unido será divulgada na quarta-feira (21), e pode reforçar ou atenuar a pressão sobre o Banco da Inglaterra por novas altas ou manutenção da taxa. Na quinta-feira (22), a ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) será acompanhada de perto por sinais sobre o rumo dos juros na zona do euro. No mesmo dia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publica sua leitura do PIB agregado das economias-membro.

Por aqui, ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou as novas medidas fiscais para segurar os gastos e elevar a arrecadação. Haddad terá uma série de reuniões nesta semana para afinar as medidas. O ministro não adiantou valores, mas relembrou que, na quinta-feira (22), os Ministérios da Fazenda e do Planejamento aproveitarão a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento, para apresentar o quadro fiscal de 2025 e 2026.

“Dia 22 a gente vai dar ao público todo o quadro fiscal deste ano e projeção para o ano que vem também. Até quinta-feira sai tudo. Vamos ter várias reuniões esta semana para fechar e quinta-feira a gente divulga o quadro fiscal e o que for necessário”, comentou o ministro, ao retornar de reunião de cerca de três horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O mercado também repercute as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovido ontem pelo Goldman Sachs. Ele afirmou que é coerente manter as taxas de juros em um patamar mais elevado por um período prolongado diante do cenário externo de incertezas e das expectativas desancoradas. “Discussão sobre um ciclo de cortes sequer está sendo debatida pelo Comitê de Política Monetária (Copom)”, afirmou Galípolo.

Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, ressaltou que Galípolo reafirmou como Banco Central vai reagir aos movimentos do governo, principalmente em relação à questão fiscal. “A fala dele sobre permanecer com patamar mais restritivo [de juros] por mais tempo não é ruim à medida que o mercado está esperando um posicionamento do Banco Central firme a esses riscos. Temos segurança maior das altas [de juros] que ele manteve, depois que ele assumiu. É bom ter isso reafirmado”, apontou Faust.

O analista também destacou outro ponto favorável para a economia brasileira, a indicação do JP Morgan em indicar ações de emergentes. “Essa rotação global depois do pré-acordo entre China-EUA, tem trazido fluxo para os emergentes. O IBC-Br subindo em março, mostrando atividade forte, principalmente nesse momento em que ainda existe possibilidade de recessão global, é um favorável para a Bolsa”, concluiu.

O Banco Central divulgou ontem o IBC-Br, prévia do PIB, que subiu 0,08% em março e 3,49% na comparação anual, ambos acima do esperado de 0,30% e 2,80%, respectivamente. Ontem, a Bolsa fechou no positivo e bateu novo recorde histórico de pontuação na faixa dos 139 mil pontos, e no interdiário atingiu os 140.203,04 pontos, com um cenário mais positivo para Brasil refletindo as declarações de Gabriel Galípolo e a aposta do mercado para fim do ciclo de alta.

No setor corporativo, a Petrobras informou que realizará hoje o pagamento da primeira parcela da remuneração aos acionistas referente ao balanço de 31 de dezembro de 2024. O valor bruto a ser distribuído, integralmente sob a forma de dividendos, corresponde a R$ 0,37183274 por ação ordinária e preferencial.

O Conselho de Administração da São Martinho aprovou a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, para colocação privada. Serão emitidas até 1,25 milhão de debêntures, com valor unitário de R$ 1 mil, de forma que a emissão terá valor total inicial de até R$ 1,25 bilhão, podendo ser diminuído, desde que observado o montante mínimo de R$ 1 bilhão.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou, nesta segunda-feira (19), o conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), apresentado pela Petrobras como parte do Plano de Emergência Individual (PEI) para a atividade de pesquisa marítima no Bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas.

A Gerdau informa que a FMR LLC, por meio de determinados fundos e contas administrados por controladas do seu consultor de investimentos, adquiriram 67.281.105 ações preferenciais emitidas pela companhia (GGBR4) e, como resultado, elevaram sua participação consolidada para 137.438.771 ações preferenciais, representando 10,493% das ações preferenciais emitidas pela Gerdau. O objetivo do investimento não é alterar o controle acionário da companhia ou sua estrutura administrativa.

O Governo do Estado de Goiás realizou na segunda-feira (19), na B3, a sessão pública da concorrência do programa Goiás de Fibra, que contempla a construção e operação de rede de telecomunicações de fibra óptica no estado e prevê R$ 500 milhões em investimentos ao longo de 5 anos. O Consórcio Sonda Goiás de Fibra, composto pelas empresas Telsing Comércio de Equipamentos de Informática Ltda, Sonda Procwork Informática Ltda, Sonda do Brasil Ltda e Ativas Data Center Ltda, foi o vencedor ao apresentar proposta de valor global de R$ 494.312.562,22.

A Petrobras apresentou no primeiro trimestre de 2025 o recolhimento de R$ 65,7 bilhões aos cofres públicos. No mesmo período de 2024, a companhia recolheu R$ 68,2 bilhões aos cofres públicos. Esse montante é composto por R$ 42,7 bilhões em tributos próprios R$ 16,3 bilhões em participações governamentais (PGOV); e R$ 6,7 bilhões em tributos retidos de terceiros. As informações constam na apresentação do Relatório Fiscal da companhia, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, assinou na segunda-feira (19), decreto que regulamenta a Nova Política de Educação a Distância. Além de estabelecer novas regras para a educação a distância, a nova política trata da oferta de cursos presenciais, cria novo formato de oferta o semipresencial e define as atividades online síncronas e síncronas mediadas (aulas interativas a distância em tempo real) como integrantes da EaD.

A Sabesp informou que pretende implementar seu Plano de Recompra de ações com o objetivo principal de viabilizar o cumprimento das obrigações assumidas no âmbito de 2 planos de incentivo de longo prazo Plano de Ações Restritas da Companhia e Plano de Ações de Performance da Companhia, aprovados na Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 29 de abril de 2025 (ILPs), podendo ainda manter as ações adquiridas em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação.

A Fitch avalia que o recente caso de gripe aviária no sul do Brasil é um desenvolvimento negativo para os produtores de aves brasileiros, mas não deve ter um impacto material nos perfis de crédito. A agência de risco de crédito espera que as exportações de carne de frango do Brasil sejam moderadamente afetadas, uma vez que a China, a União Europeia, o México, o Chile, a Argentina e a Coreia do Sul suspenderam as importações de todas as regiões do Brasil. Contudo, uma vez que alguns outros grandes países importadores apenas impuseram suspensões regionais, considera provável que o fluxo de exportação continue a partir de instalações de produção localizadas em áreas não afetadas do país.

A agência de classificação de risco de crédito Fitch afirmou o rating de longo prazo em moedas estrangeira e local da JBS em ‘BBB-‘, assim como o seu rating nacional em AAA(bra). A perspectiva do rating para todos os IDRs e ratings em escala nacional é estável. A agência disse que os ratings da JBS refletem seu forte perfil de negócios e seu confortável cronograma de amortização de dívidas. A Fitch projeta um forte fluxo de caixa operacional para os próximos dois anos, que deverá ser usado para financiar investimentos e pagamentos de dividendos e manter a alavancagem líquida abaixo de 2,5 vezes.

A produção brasileira de aço bruto foi de 2,628 milhões de toneladas em abril deste ano, uma redução de 3,1% frente ao apurado no mesmo mês de 2024. As vendas internas recuaram 3,0% frente ao apurado em abril de 2024 e atingiram 1,7 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 0,9% superior ao apurado no mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pelo Instituto Aço Brasil na segunda-feira (19).

Emerson Lopes / Safras News

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