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RADAR DO DIA: Fed e Copom definem juros; PIB nos EUA; tarifaço de Trump sobre o Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em alta e as bolsas europeias em instabilidade. O dia será marcado pelas decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), nos EUA, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, sobre as taxas de juros. A expectativa é que tanto nos EUA como aqui, não haverá alteração na taxa. O dia também trará os números do relatório publicado pela Automatic Data Processing (ADP) e pela Macroeconomic Advisers, com os dados de emprego do setor privado nos EUA, e a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre nos EUA.

A ferramenta FedWatch do CME Group, que monitora a probabilidade de ajustes nas taxas de juros pelo Fomc, apontou em uma probabilidade praticamente unânime de que os juros continuarão na faixa entre 4,25% e 4,50%. Nas últimas semana, altos funcionários do governo têm pressionado o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) nos bastidores, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, vem pedindo publicamente, de forma insistente, uma redução nos custos de financiamento.

Para Nigel Green, CEO do gigante global de consultoria financeira deVere Group, os mercados já estão atentos à tensão. A manutenção das taxas já está amplamente precificada. Mas os investidores estão de olho no que virá em seguida: o tom da mensagem de Jerome Powell, presidente do Fed, e a reação de Trump, caso o banco central se recuse a entregar os cortes exigidos por ele.

O Indice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,3% em junho nos EUA na comparação com o mês anterior, já descontados os fatores sazonais, segundo dados do Departamento de Trabalho do país. O número veio dentro da previsão do mercado. Em maio, o índice havia subido 0,1% em relação a abril. Nos 12 meses até junho, o CPI subiu 2,7%, dentro da previsão do mercado. Mesmo dentro do previsto pelo mercado, o CPI ainda está acima da meta do Fed, o que mostra aos investidores que o banco não deve baixar os juros tão cedo.

Por aqui, o Copom deve optar, por unanimidade, pela manutenção da taxa Selic em 15% a.a., encerrando o ciclo de aperto monetário iniciado em setembro de 2024. A expectativa faz parte de relatório divulgado pelo Itaú. “A decisão deve refletir a avaliação de que, apesar das projeções de inflação ainda acima da meta, os efeitos defasados da política monetária seguem em curso, enquanto a elevada incerteza global demanda cautela adicional especialmente em um contexto de nova escalada tarifária, desta vez envolvendo diretamente o Brasil, cujas exportações podem ser impactadas pela maior tarifa anunciada até o momento, de 50%”, apontou o banco.

Os analistas do Itaú ressaltaram que o início do ciclo de cortes deve acontecer apenas no primeiro trimestre de 2026. “Como já mencionado após a última decisão de política monetária, entendemos que uma valorização mais expressiva do câmbio ou uma desaceleração mais acentuada da atividade poderiam antecipar esse primeiro movimento para o final de 2025”, concluiu o Itaú.

Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as recentes negociações com os Estados Unidos em torno do tarifaço são “um início de conversa”, e que mantém o otimismo, afirmando que “esta semana foi melhor em termos de avanço e que se depender do Brasil essa tensão artificial vai desaparecer”.

Segundo o ministro, não faz sentido alimentar essa tensão e que assim que esta for dissipado, Estados Unidos e Brasil encontrarão um denominador. “Assim que tiver uma agenda estruturada o presidente Lula e o vice Alckmin poderão viajar aos Estados Unidos para estreitar as conversas”, admitiu Haddad, que confirmou ainda que está tentando entrar em contato com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, mas que a assessoria informou que este está cumprindo agenda na Europa.

Ontem, em entrevista à CNN Brasil, Haddad destacou que o plano de contingência com medidas para apoio ao setor produtivo à tarifa de 50% que será imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros comercializados ao país, inclui diversas medidas que dependerão de pauta legislativa e deverão ser aprovadas pelo Congresso. O ministro explicou que o governo espera ter mais clareza em relação ao que será taxado, se haverá alguma evolução nas negociações, por exemplo, e que o governo vai continuar negociando.

No setor corporativo, o Santander Brasil divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 3,6 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24). O retorno sobre patrimônio líquido (ROAE) ficou em 16,4%, alta de 0,8 ponto percentual em relação ao 2T24. A margem financeira bruta foi de R$ 15,3 bilhões, alta de 4,4% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, com destaque para a margem com clientes, que expandiu 11,3% com maiores volumes e spread.

A produção total operada no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 4,189 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre deste ano, alta de 12,1% na comparação anual. Já produção total foi de 2,909 milhões de boed, 7,8% acima do 2T24 e um aumento de 5,0% em comparação ao 1T25. No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,983 milhões de bpd, 1,6% maior na comparação anual, sendo 2,071 milhões no mercado interno, alta de 1,4% e 912 mil no
mercado externo, elevação de 1,9%. O volume de vendas total de derivados foi de 1,714 milhão de bpd no 2T25, alta de 0,8% na comparação com o 2T24. As informações foram apresentadas no relatório de produção e vendas divulgado na noite de ontem (28) pela companhia.

A BASF reportou lucro líquido de 79 milhões de euros no segundo trimestre de 2025, 81,6% menor que o reportado no mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a receita caiu 2,1%, para 15,769 bilhões de euros.

A Nissan reportou prejuízo de 115,8 bilhões de ienes (US$ 779,235 milhões) no primeiro trimestre fiscal de 2025, revertendo o lucro de 28,6 bilhões de ienes (US$ 192,475 milhões) registrados no mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a receita caiu 9,74% no período, somando 2,706 trilhões de ienes (US$ 18,211 bilhões).

A Bunge reportou lucro líquido de US$ 354 milhões no segundo trimestre de 2025, cinco vezes maior que o reportado no mesmo período do ano anterior, de US$ 70 milhões. Na mesma base de comparação, a receita caiu 3,56%, para US$ 12,769 bilhões. O lucro foi impulsionado, sobretudo, pela venda da operação de moagem de milho nos Estados Unidos, que gerou um ganho contábil de US$ 155 milhões, e pelos primeiros efeitos da integração com a Viterra, concluída no início de julho.

A Motiva (ex-CCR) reportou lucro líquido ajustado de R$ 398 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 3,2% ante o lucro de R$ 411 milhões no mesmo período do ano anterior.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), publicou, na última semana, a lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadimplentes com as metas do RenovaBio. A medida tem como objetivo reforçar a efetividade do programa, promover a isonomia entre os agentes do setor e contribuir para o cumprimento das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil.

A diretoria colegiada da ANP aprovou os estudos geoeconômicos relativos a três novos blocos exploratórios localizados no Pré-sal da Bacia de Campos: Calcita, Dolomita e Azurita. Os estudos foram conduzidos no âmbito do Projeto Calcita e integram a quarta iniciativa associada ao Calendário Estratégico de Avaliações Geológica e Econômica para o Polígono do Pré-sal, instituído pela Agência no final de 2023.

A diretoria da ANP também aprovou a indicação de um novo bloco exploratório terrestre na Bacia do Amazonas, para inclusão no rol da Oferta Permanente de Concessão (OPC). Com cerca de 275 km2, o bloco foi delimitado respeitando os critérios técnicos e socioambientais estabelecidos pela legislação aplicável.

A Ultrapar informou que concluiu seu programa de recompra de ações. Durante o período de vigência, foram adquiridas 25 milhões de ações ordinárias de emissão da companhia, correspondendo a 100% do programa previamente divulgado.

O custo de uma carteira nacional de habilitação (CNH), atualmente na faixa de R$ 3,2 mil, poderá ser reduzido em até 80% para as categorias A e B respectivamente motocicletas e veículos de passeio. É o que prevê projeto que está sendo elaborado pelo Ministério dos Transportes, que pretende acabar com a obrigatoriedade das aulas em autoescolas.

O Banco do Brasil superou a marca de R$ 6 bilhões de contratações no programa Crédito do Trabalhador. Desde o lançamento, em março, já foram realizadas cerca de 600 mil operações em mais de 5,2 mil (93,5%) municípios brasileiros, com valor médio de R$ 10,1 mil por empréstimo.

O Banco do Brasil e o banco de investimentos do governo italiano Cassa Depositi e Prestiti (CDP) anunciaram o início dos investimentos para apoiar operações sustentáveis, de micro e pequenas empresas e expandir o comércio bilateral, por meio de um empréstimo de 250 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) do banco italiano ao brasileiro, com 80% dos recursos garantidos pela agência de crédito a exportações Sace.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o primeiro financiamento com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) com foco em descarbonização para a Hermasa Navegação da Amazônia Ltda., informou a instituição nesta terça-feira. Com R$ 345 milhões, a empresa deverá construir 60 balsas e dois empurradores fluviais.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) cobraram que a Petrobras publique, com urgência, fato relevante esclarecendo sua posição institucional sobre a atual situação da venda do Polo Bahia Terra, em documento enviado à diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, e ao gerente executivo de Terras e Águas Rasas, Stênio Jayme Galvão, na última quinta-feira (24).

O aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos, previstas para 1º de agosto, pode provocar impactos econômicos relevantes e desiguais entre as unidades da federação, com perdas superiores a R$ 19 bilhões para os estados brasileiros, segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta que estados como o Ceará e o Espírito Santo têm alta dependência do mercado americano, representando quase metade das exportações cearenses e um terço das capixabas. Em outros 11 estados, os Estados Unidos têm participação entre 10 e 20% nas vendas externas.

Emerson Lopes / Safras News
Copyright 2024 – Grupo CMA

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