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RADAR DO DIA: Fed e Copom decidem juros; previsão é de recuo nos EUA e manutenção no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em queda e as bolsas europeias em alta. Hoje é dia de Super Quarta, com Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e Comitê de Política Monetária (Copom) decidindo como ficam os juros nos Estados Unidos e no Brasil. A previsão é um corte de 0,25 ponto percentual nos EUA e manutenção da Selic por aqui.

Desde a última reunião, os membros do Fed abriram divergências sobre o rumo da política monetária, à medida que o mercado de trabalho dos EUA permanecia relativamente sólido e a inflação seguia persistente. Desde então, novos dados sugerem que o Fed deve iniciar um novo ciclo de corte nos juros, apesar de a decisão novamente não ser unânime. Em julho, o Comitê votou 9 a 2 pela manutenção das taxas. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, os traders estão apostando em uma probabilidade praticamente unânime de que o Fomc reduza os juros para a faixa entre 4,00%-4,25%. Para a reunião de outubro, o indicador mostra uma probabilidade menor de corte de 0,25%, em 76,8%.

Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management, afirmou que, embora a demanda por trabalho esteja enfraquecendo, problemas na oferta de mão de obra continuam compensando essa fraqueza, e os riscos de recessão permanecem limitados por enquanto. “Qualquer decisão de corte de 50 pontos-base neste estágio pareceria mais motivada por pressão política do que por necessidade econômica. Um corte mais moderado de 25 pontos-base continua sendo a resposta apropriada, permitindo que o Fed se antecipe a uma desaceleração sem reagir exageradamente a sinais iniciais de tensão”, apontou Shah.

Por aqui, segundo avaliação quase unânime do mercado, a Selic deverá ser mantida em 15% ao ano. As atenções estarão voltadas para o comunicado, com os investidores esperando algum sinal do Copom sobre os próximos passos a serem tomados. Na segunda, o boletim Focus do Banco Central, que compila as projeções do mercado, manteve a sua estimativa para a Selic no final do ano em 15% ao ano. Diante dos sinais de desaceleração da economia, a dúvida neste momento é saber se o ciclo de cortes terá início ainda neste ano ou será adiado para 2026.

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lembrou que o câmbio a R$ 5,30, bem abaixo das estimativas do início do ano, deve ter impacto notável e positivo sobre a inflação. “Tudo me leva a crer que o ciclo de corte na taxa Selic deve ter início nos próximos meses. O Brasil tem tudo para retomar um ciclo de desenvolvimento sustentável”, comentou o ministro, que reafirmou que o governo Lula pretende cumprir a meta fiscal tanto em 2025 como em 2026.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do trimestre móvel encerrado em julho, divulgada ontem, mostrou que a taxa de desemprego da População Economicamente Ativa (PEA) fechou o trimestre em 5,6%, abaixo do esperado pelo mercado, e atingiu o menor nível da série histórica. Para Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, o dado não muda a decisão de política monetária em que a Selic deverá ser mantida em 15%. “O dado não muda a avaliação de que o Copom deve manter a Selic inalterada, sustentando uma postura dura, com o objetivo de ancorar as expectativas de inflação e evitar uma precificação antecipada do ciclo de
corte de juros”, explicou Sara.

“O volume de emprego com carteira assinada também foi recorde, o que é positivo em termos de arrecadação para previdência. A massa de rendimento real médio da população cresceu 2,5% no trimestre e apresenta crescimento de 6,4% no ano. Esse é um ponto de atenção para o Banco Central, já que o aumento no nível de renda tende a estimular o consumo e pode funcionar como um limitador para o efeito contracionista da taxa de juros” concluiu a analista da InvestSmart XP .

No setor corporativo, a Allos informou que recebeu carta de renúncia de Luiz Alves Paes de Barros ao cargo de membro efetivo do seu conselho de administração e que o colegiado aprovou a nomeação de Eduardo Christovam Galdi Mestieri em substituição, com mandato até a primeira assembleia a ser realizada. O seu conselho de administração também aprovou o cancelamento de parte das ações mantidas em tesouraria, no montante total de 38.745.962 ações ordinárias, sem valor nominal, de emissão da companhia, sem redução do valor do capital social, correspondente a 7,1% do total atual de ações.

O Itaú BBA atualizou suas estimativas para a Gerdau, com avaliação baseada em uma proposta de risco-retorno “atraente”, com os resultados de 2026 apoiados pelo forte desempenho nos Estados Unidos e uma potencial recuperação no Brasil, impulsionada pelo início da operação do empreendimento de mineração e pelo ramp-up completo do projeto de bobina laminada a quente (HRC) em Ouro Branco (MG). No entanto, a análise reconhece o momentum mais fraco do que o esperado para os resultados no terceiro trimestre de 2025 (3T25), com uma potencial queda nas margens ebitda no Brasil. Assim, o Itaú BBA atualiza o preço-alvo da ação da companhia na B3 (GGBR4) para o final de 2026 em R$ 23 por ação, em comparação com R$ 21 para o final de 2025, e em US$ 4,30 para as ADRs em NY, e mantém a classificação “Outperform” (equivalente à compra).

A agência de classificação de risco de crédito Moody’s afirmou o rating Ba2 de emissão sênior sem garantia da Natura&Co Luxembourg Holdings S.A.R.L. Ao mesmo tempo, a agência atribuiu um rating corporativo (CFR) Ba2 à Natura Cosméticos S.A. e retirou o rating de emissor de longo prazo Ba2 da Natura Cosméticos S.A. e o rating corporativo (CFR) Ba3 da Natura&Co Holding S.A., após a conclusão da fusão da Natura&Co pela Natura Cosméticos. A perspectiva da Natura Cosméticos S.A. e da Natura&Co Luxembourg Holdings S.A. foi alterada de negativa para estável, e a perspectiva da Natura &Co Holding S.A. antes da retirada era negativa. A mudança na perspectiva, para estável, reflete a expectativa de que a Natura Cosméticos manterá uma forte posição de mercado na
América Latina, continuará gerando fluxo de caixa livre positivo e manterá indicadores de alavancagem consistentes com a categoria de rating Ba2. A agência também espera que a empresa mantenha políticas financeiras conservadoras, priorizando liquidez e geração de caixa em detrimento de dividendos extraordinários.

O conselho de administração da Minerva, em reunião realizada nesta terça-feira (16), aprovou a homologação do aumento do capital social da companhia, no valor de R$ 28.142.905,34, mediante a emissão de 5.443.502 novas ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, com preço de emissão de R$ 5,17 por ação, nos termos da ata de assembleia geral extraordinária (AGE) de 29 de abril, em decorrência do exercício dos bônus de subscrição.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgará hoje a atualização quinzenal da safra 2025/2026 de cana-de-açúcar na região Centro-Sul referente à segunda quinzena de agosto. Os dados serão divulgados às 11 horas e incluem a moagem de cana-de-açúcar, produção de açúcar e de etanol e vendas de etanol.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incluiu cinco lotes no leilão de transmissão em 2026 (LT 01/2026). Esses lotes foram retirados do leilão de transmissão marcado para dia 31 de outubro, na sede da B3, em São Paulo. Em consequência, o prazo para o envio de contribuições à consulta pública que trata do leilão de 2026 foi prorrogado até dia 24 de setembro.

Emerson Lopes / Safras News
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