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RADAR DO DIA: EUA x China; inflação na China; IOF no Brasil; Focus reduz inflação para 2025

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em instabilidade e as bolsas europeias em queda. A semana começa com o mercado mais esperançoso diante de um possível avanço das negociações entre Estados Unidos e China, que se encontram hoje em Londres (Inglaterra) para uma nova rodada de negociações, com o objetivo de prorrogar a trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A reunião ocorre dias após um contato direto entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping e segue marcada por sinais mistos de cooperação e
desconfiança.

Por falar em China, hoje saíram dados sobre a economia do país, com o índice de preços ao
consumidor recuando 0,1% em maio em base anual. Em abril, o índice também havia caído 0,1%. Já o
índice de preços ao produtor recuou 3,3% em maio. Em base mensal, o índice caiu 0,4%. A
previsão era de queda de 3,2% em base anual. O país registrou superávit comercial de US$ 103,22
bilhões em maio. Em abril, o superávit foi menor, de US$ 96,18 bilhões. As exportações da China
para os Estados Unidos caíram 35% em maio na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a maior
queda desde fevereiro de 2020.

Nesta semana, os membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) iniciam o
período de silêncio, que antecede a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla
em inglês) dos dias 17 e 18 de junho, na qual é amplamente esperado que os juros se mantenham na
faixa de 4,25% e 4,5%. Além disso, sairão os índices de preços ao consumidor e ao produtor, os
estoques de petróleo, o orçamento do tesouro, os pedidos de seguro-desemprego e a confiança do
consumidor da Universidade de Michigan.

Por aqui, o mercado aguarda a solução para o imbróglio criado pelo governo federal sobre o
aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi prontamente rechaçada
por deputados e senadores. Ontem, após reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os
presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, o governo anunciou que será
editada uma medida provisória (MP) com o objetivo de aumentar a arrecadação e assim permitir a
recalibragem do decreto que elevou o IOF. A medida surge após reação negativa do Congresso e do
mercado à alta do tributo, que foi anunciada semanas atrás.

Entre as principais mudanças que a nova MP deve trazer estão a tributação de 5% sobre títulos
até então isentos de Imposto de Renda, como LCI e LCA, o fim da alíquota reduzida da CSLL para
fintechs (fixando a tributação em 15% e 20%), o aumento da taxação sobre apostas esportivas de
12% para 18%, e a meta de reduzir os gastos tributários em pelo menos 10%. Haddad também mencionou
a possibilidade de discutir com as bancadas formas de reduzir os gastos primários, além de tratar
da estrutura e funcionamento do mercado de apostas.

A proposta inicial do aumento do IOF visava arrecadar R$ 20 bilhões ainda neste ano, mas gerou mais
de 20 propostas no Congresso para derrubá-la. A forte reação levou o governo a recuar
parcialmente, cancelando a taxação maior sobre investimentos de fundos nacionais no exterior, o
que por si só reduziria a arrecadação em R$ 1,4 bilhão. A MP agora é vista como uma tentativa
de preservar o equilíbrio fiscal sem enfrentar tamanha resistência política.

Hoje pela manhã também foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições
financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a previsão para 2025 passou de em
5,46% para 5,44%. Para 2026, a expectativa para a inflação segue estável em 4,50%. A meta para a
inflação no período é de 3%.

Sobre a taxa Selic, as previsões para 2025 e 2026 segue estáveis em 14,75% e 12,50%,
respectivamente. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão para 2025, passou de 2,13% para
2,18%, e para o ano que vem subiu de 1,80% para 1,81%. Sobre o dólar, a cotação para 2025 segue
R$ 5,80 e, para 2026, passou de R$ 5,90 para R$ 5,89.

No setor corporativo, a Petrobras informou que recebeu citação em ação ajuizada pela Sete Brasil
Participações S.A. e suas subsidiárias (SPEs), visando, em linhas gerais, à reparação de
supostos prejuízos relacionados ao Projeto Sondas. O valor atribuído à causa unilateralmente pela
Sete Brasil foi de R$ 36 bilhões.

A PetroReconcavo informou os seus dados de produção e entrega referentes ao mês de maio de 2025.
A produção média do mês de maio foi de 27,4 mil boe/dia, redução de 1,7% na comparação
mensal, impactada pela redução de 2,9% na produção total do Ativo Potiguar e de 3% na produção
de gás no Ativo Bahia.

A partir de segunda-feira (9), as ações da JBS serão negociadas na B3 por meio dos Brazilian
Depositary Receipts (BDRs). A admissão foi aprovada em 30 de maio pela CVM (Comissão de Valores
Mobiliários). O marco representa um avanço significativo na estratégia de dupla listagem da
companhia, que busca refletir sua presença global e diversificadas operações internacionais, com
presença nas bolsas
de valores americana e brasileira.

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa entre 7 e 13 de junho
indica que as projeções para os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final do mês estão
estáveis, com três subsistemas podendo superar 60%: Norte, 99,5% Nordeste, 68,9%; e
Sudeste/Centro-Oeste, 66,9%. O destaque é a perspectiva de recuperação na região Sul: 58,6% ao
final de junho, ante 48,5% projetados inicialmente.

A Oi informou que será submetida ao seu Conselho de Administração alternativas para reenquadrar o
valor da ação ao patamar permitido pela B3, na forma da regulamentação vigente, dentre as quais,
um eventual novo processo de grupamento de ações para deliberação dos acionistas em Assembleia
Geral Extraordinária a ser convocada e realizada ainda neste ano e dentro do prazo concedido pela
B3 para o enquadramento da ação. Desde 1 de abril de 2025, as ações ordinárias de emissão da
Companhia permaneceram cotadas abaixo de R$ 1 por unidade.

A IRB-Brasil Resseguros informou que seu Conselho de Administração elegeu os membros do seu
Comitê de Auditoria Estatutário e nomeou seu Coordenador, que será Wilson Toneto. Além dele,
foram eleitos para o Conselho Bruno Camara da Silveira, José Octávio Vianello de Mello e Louise
Barsi.

Emerson Lopes / Safras News
Copyright 2024 – Grupo CMA

 

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