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RADAR DO DIA: EUA e China em Londres; IPCA e IOF no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em queda e as bolsas europeias em alta. O mercado continua em compasso de espera para ver o que acontecerá de concreto nas negociações entre autoridades dos Estados Unidos e China, que estão reunidas em Londres (Inglaterra) tentando desatar o nó comercial criado pelo presidente Donald Trump.

Antes do encontro em Londres, Trump autorizou a equipe do secretário do Tesouro, Scott Bessent, a negociar a retirada de recentes restrições à venda de uma ampla gama de tecnologias e outros produtos para a China. A medida representa uma estratégia inédita e destaca o impacto que os controles chineses sobre terras raras têm nas indústrias americanas. Entre os produtos afetados pelas recentes restrições dos EUA, que não foram divulgadas publicamente pela administração, estão motores a jato e peças relacionadas (essenciais para que a China desenvolva suas próprias aeronaves comerciais); softwares necessários para que empresas chinesas produzam chips; e etano, um componente do gás natural fundamental para a fabricação de plásticos.

Analistas veem essas negociações como uma tentativa de estabilizar uma relação comercial marcada por altos e baixos nos últimos anos. A dependência global da China em setores estratégicos, como ímãs para veículos elétricos, torna o diálogo urgente. A expectativa é de que os dois países cheguem a um entendimento parcial que evite uma nova escalada comercial, ao menos temporariamente, enquanto ajustes políticos e econômicos continuam sendo feitos em ambas as nações.

Nesta semana, os membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) iniciam o período de silêncio, que antecede a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos dias 17 e 18 de junho, na qual é amplamente esperado que os juros se mantenham na faixa de 4,25% e 4,5%. Além disso, sairão os índices de preços ao consumidor e ao produtor, os estoques de petróleo, o orçamento do tesouro, os pedidos de seguro-desemprego e a confiança do consumidor da Universidade de Michigan.

Por aqui, hoje será divulgado o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve subir 0,33% em maio ante abril. No acumulado de 12 meses, até maio, a alta projetada é de 5,40%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro Safras. As previsões de oito instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre 0,30% e 0,35%, com a média das projeções em 0,33%. No acumulado de 12 meses, as previsões de oito “casas” consultadas variam entre 5,37% e 5,60% (média em 5,42%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,36% em maio, 0,07 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em abril (0,43%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,80% e, em 12 meses, 5,40%, abaixo dos 5,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2024, o IPCA-15 foi de 0,44%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados Transportes (0,29%) e Artigos de residência (0,07%) apresentaram variação negativa em maio. Ente os demais grupos destacam-se Vestuário, com 0,92% de variação, seguido de Saúde e cuidados pessoais, com 0,91% e Habitação com 0,67%. As demais variações ficaram entre o 0,09% de Educação e o 0,50% de Despesas pessoais.

Em Brasília, a discussão sobre como será o novo decreto e a medida provisória do governo a respeito do aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continua mobilizando deputados e senadores. No domingo, após reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, o governo anunciou que será editada uma medida provisória com o objetivo de aumentar a arrecadação e assim permitir a recalibragem do decreto que elevou o IOF.

Entre as principais mudanças que a nova MP deve trazer estão a tributação de 5% sobre títulos até então isentos de Imposto de Renda, como LCI e LCA, o fim da alíquota reduzida da CSLL para fintechs (fixando a tributação em 15% e 20%), o aumento da taxação sobre apostas esportivas de 12% para 18%, e a meta de reduzir os gastos tributários em pelo menos 10%. Haddad também mencionou a possibilidade de discutir com as bancadas formas de reduzir os gastos primários, além de tratar da estrutura e funcionamento do mercado de apostas.

Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados disse que o Congresso não fechou um “compromisso” de aprovar a medida provisória que o governo pretende enviar com medidas para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano. “Se tirarmos o decreto do IOF, esse bloqueio mais contingenciamento será de R$ 50 bilhões. Então, para esses R$ 20 bilhões que seriam arrecadados com IOF durante o ano de 2025, ele fará uma calibragem, reduzindo a questão do IOF”, apontou Motta

Ele afirmou ainda que a discussão “não será fácil, mas em medidas como a revisão das isenções fiscais há uma concordância geral que estão muito exageradas. “Essas isenções crescem de forma vertiginosa, e está em um nível que o País não suporta mais, são R$ 800 bilhões em isenções, e que esse corte será debatido, para que possamos fazer algo escalonado”, prosseguiu o presidente.

Motta cobrou que o governo assuma a discussão sobre a redução do gasto primário. As despesas primárias são os gastos do governo com pessoal, custeio, investimento, entre outros, excluindo as despesas com juros e amortização da dívida pública. O presidente quer que o tema seja pactuado entre Legislativo e Executivo. Ele destacou ainda que um país em crescimento econômico e com aumento dos níveis de emprego precisa fazer o dever de casa para ter um ambiente econômico com mais estabilidade.

No setor corporativo, a Totvs informou que sua controlada, Dimensa S.A., celebrou, Contrato de Compra e Venda de Ações e outras avenças para aquisição da totalidade do capital social da Agger S.A. pelo valor de R$ 260 milhões. A Agger é uma das principais plataformas no mercado de software para o segmento de seguros, oferecendo soluções focadas em corretores, que incluem funcionalidades como multicálculo e gestão de apólices.

O painel de dados disponibilizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apontava na manhã de hoje oito casos suspeitos de gripe

aviária em investigação no Brasil. Eles envolvem galinhas domésticas em Parauapebas (PA), Novo Cruzeiro (MG), Alegre (ES), e Caçador (SC). Há ainda quatro casos suspeitos da doença em aves silvestres, envolvendo a espécie Gralha-Cancã, em Utinga (BA), Carcará, em Florestal (MG), Pombo, em Santo Antônio do Monte (MG) e

Albatroz-de-Sobrancelha, em Angra dos Reis (RJ).

Em maio, o Estado de São Paulo foi responsável pelo financiamento de 154,8 mil veículos, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número representa uma queda de 2,9% em relação ao mesmo período de 2024 e alta de 5,7% no comparativo com abril de 2025.

A Rumo transportou 6,7 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) em abril, acima do volume registrado no mesmo mês de 2024, que foi de 6,6 bilhões de toneladas. Em relação a março deste ano, o crescimento foi de 3,5%. De janeiro a abril, o volume transportado foi de 22,8 bilhões (TKU), abaixo do volume registrado no mesmo período de 2024, que foi de 23,9 bilhões. O volume de produtos agrícolas chegou a 5,40 bilhões TKU no mês, sendo 3,90 bilhões TKU de soja, 1,04 bilhão TKU de farelo de soja, 260 milhões de fertilizantes e 303 milhões de açúcar

Emerson Lopes / Safras News

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