Porto Alegre, 20 de março de 2020 – A forte queda dos preços internacionais, potencializada pela retração do dólar em relação ao real a partir de quinta, resultou em queda das cotações no mercado doméstico de algodão.
No CIF de São Paulo a indicação média ficou em R$ 2,84/libra-peso na quinta, com queda de 0,35% em relação ao dia anterior. Quando comparado ao mês e ao ano passado apresentam quedas de 0,87% e 1,68%, respectivamente.
No FOB do porto de Santos/SP a indicação ficou em 56,56 cents de dólar por libra-peso, o que corresponde a uma queda de 15,96% em relação ao mesmo período do mês passado e de 27,84% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O valor atual é 2,9% superior ao do contrato de maior liquidez negociado na Bolsa de Nova York. Há um mês era 3,4% inferior e há um ano 11,3% superior.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, a amplitude das recentes oscilações das variáveis formadoras de preços deixa os agentes pouco ativos no mercado e, quando necessário, ingressam para realizar negócios de necessidade imediata. “Os produtores seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras, que segue dentro da normalidade e, até o momento, prenunciam uma safra de alta produtividade”, comenta.
Exportação
As exportações de algodão do Brasil renderam US$ 102,8 milhões em março (10 dias úteis), com média diária de US$ 10,3 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 65 mil toneladas, com média diária de 6,5 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.579,60.
Na comparação com fevereiro, houve baixa de 31,0% no valor médio diário exportado, queda de 31,1% na quantidade média e valorização de 0,1% no preço médio. Em relação a março de 2019, houve alta de 10% no valor médio diário da exportação, ganho de 18,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,5% no preço médio.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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