Queda em Chicago e baixa do dólar devem travar negócios de milho no Brasil

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Porto Alegre, 14 de novembro de 2022 – A semana deve iniciar com negócios travados no mercado brasileiro de milho. O feriado de amanhã no país, combinado da queda do dólar frente ao real e das perdas na Bolsa de Mercadorias de Chicago devem manter os agentes na defensiva, limitando o ritmo de comercialização do cereal.

O mercado brasileiro de milho teve um ritmo lento na comercialização nesta sexta-feira. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue atento às movimentações nos portos, com o ritmo das exportações dando o tom da comercialização.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 91,00 (compra) a R$ 92,00 (venda) a saca (CIF) para novembro. No Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 90,50/93,00 a saca para novembro.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 83,00/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 82,00/84,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 86,00/87,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 92,00/94,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 78,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 75,00/R$ 77,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/77,00 saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos de milho com entrega em dezembro de 2022 operam com baixa de 3,25 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,49% cotada a US$ 6,54 3/4 por bushel.

* O cereal é pressionado pela alta consistente do dólar frente a outras moedas, fato que reduz a competitividade norte-americana no cenário exportador. A queda do petróleo também influencia negativamente.

* Hoje, às 13 horas (Horário de Brasília), saem as inspeções de exportação dos Estados Unidos. No final da tarde, é a vez do relatório de condições das lavouras do país.

* Sexta-feira (11), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 6,58 por bushel, alta de 4,75 centavos de dólar, ou 0,72%, em relação ao fechamento anterior. A posição março fechou a sessão a US$ 6,63 por bushel, ganho de 3,50 centavos, ou 0,53% em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,92% a R$ 5,2760. O Dollar Index registra alta de 0,78%, a 107,13 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em em baixa. Xangai, -0,13; Tóquio, -1,06%.

* As principais bolsas na Europa registram índices altos. Londres, +0,39%. Paris +0,13% e Frankfurt, +0,44%.

* O petróleo opera em leve alta. Dezembro do WTI em NY: US$ 87,74 o barril (-1,37%).

AGENDA

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 13hs.

– O Ministério da Economia divulga, a partir das 15h, o resultado parcial da balança comercial de novembro.

– Relatório de condições das lavouras dos EUA – USDA, 18hs.

—-Terça-feira (15/11)

– Feriado no Brasil – Proclamação da República.

– Processamento de soja dos EUA em outubro – NOPA, 14h.

– Estoques de café dos EUA em outubro – GCA, 17h.

—–Quarta-feira (16/11)

– Reino Unido: O índice de preços ao consumidor de outubro será publicado às 4h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: O índice de preços ao produtor de outubro será publicado às 4h pelo departamento de estatísticas.

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em outubro serão publicados às 11h15 pelo Federal Reserve.

– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (17/11)

– Eurozona: A leitura do índice de preços ao consumidor de outubro será publicada às 7h pela Eurostat.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (18/11)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de outubro será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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