Porto Alegre, 27 de maio de 2022 – O mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios e preços mais baixos nas principais praças do país nesta semana. Apesar da recuperação dos contratos futuros na Bolsa de Chicago, o mercado foi pressionado pelo recuo do dólar sobre o real, afastando os negociadores.
A saca de 60 quilos recuou de R$ 195,00 para R$ 191,50 em Passo Fundo (RS) ao longo da semana. Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 190,00 para R$ 186,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 177,00 para R$ 174,00. No Porto de Paranaguá, o preço baixou de R$ 196,50 para R$ 194,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), a semana foi positiva. Os contratos com vencimento em julho acumularam valorização de 1,25% no período, encerrando a quinta, 26, a US$ 17,26 ½ por bushel. O mercado encontrou sustentação na demanda firme, em meio a estoques apertados, na menor aversão ao risco no financeiro e na previsão de chuvas para o norte do cinturão produtor americano, que poderia atrasar o plantio na região.
O dólar comercial, no entanto, teve desvalorização de 2,23%, atingindo a marca de R$ 4,761. A moeda americana seguiu o fluxo no exterior. Com a piora da economia americana, os investidores tendem a migrar para os países emergentes. O fluxo de recursos no Brasil segue acelerado, fortalecendo o real frente ao dólar.
Embarques
As exportações brasileiras de soja somaram 7,111 milhões de toneladas até a terceira semana de maio (15 dias úteis), com média diária de 474,111 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 4,393 bilhões, com média diária de US$ 292,883 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em relação à igual período do ano anterior, houve recuo de 33,5% no volume diário exportado (712,676 mil toneladas diárias em maio de 2021). Já a receita diária teve decréscimo de 8,3% (US$ 319,422 milhões diários em maio de 2021).
As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar em 11,278 milhões de toneladas em maio, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). Em maio do ano passado, as exportações ficaram em 14,221 milhões de toneladas. Em abril, o país embarcou 11,362 milhões de toneladas.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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