Queda de preço do frango no atacado pode favorecer consumidores

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     Porto Alegre, 10 de dezembro de 2021 – O mercado brasileiro de frango registrou uma semana marcada por estabilidade nos preços do quilo vivo pago ao produtor e por queda nas cotações dos cortes negociados no atacado e na distribuição.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, sinaliza que esse movimento de baixa pode vir a beneficiar os consumidores neste período final de ano, em meio ao cenário macroeconômico complicado enfrentado pelo Brasil, com o avanço da inflação corroendo o poder de compra da população. “Como os preços das aves natalinas como chester e peru estão em patamares muito elevados, pode haver uma migração de demanda para os cortes tradicionais de frango”, justifica.

     Iglesias salienta, porém, que o movimento de queda nos preços do frango tem como limitador o cenário de alta nos preços da carne bovina, o que pode aumentar a competitividade no mercado doméstico. “Também precisa ser mencionado o ótimo desempenho das exportações de carne de frango em 2021, com crescimento de aproximadamente 9% na comparação com 2020”, avalia.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram queda para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O preço do quilo do peito baixou de R$ 9,30 para R$ 8,70, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 9,55 para R$ 8,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,50 para R$ 9,00, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 7,20 e o quilo da asa de R$ 9,75 para R$ 9,00.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi retração nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,40 para R$ 8,80, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 9,65 para R$ 9,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 9,60 para R$ 9,10, o quilo da coxa de R$ 7,90 para R$ 7,30 e o quilo da asa de R$ 9,85 para R$ 9,10.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 70,318 milhões em dezembro (3 dias úteis), com média diária de US$ 23,499 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 39,473 mil toneladas, com média diária de 13,158 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.781,40.

    Na comparação com dezembro de 2020, houve alta de 4,24% no valor médio diário, perda de 17,49% na quantidade média diária e avanço de 26,34% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,90. Em São Paulo o quilo continuou em R$ 5,25.

     Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,30. No oeste do Paraná o preço se manteve em R$ 5,85. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 5,20.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,80. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 5,80. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 5,90.

     Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 6,10. No Ceará a cotação do quilo prosseguiu em R$ 6,10 e, no Pará, o quilo vivo continuou em R$ 6,20.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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