No World Economic Outlook (WEO) do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado hoje mais cedo, a entidade revisou para baixo a previsão de crescimento do PIB para 2025: de 3,3% foi para 2,8%. Para 2026, o crescimento também será menor: de 3,3% para 3%.
“A economia está em um momento decisivo. Mudanças significativas nas políticas econômicas estão reestruturando o sistema global de comércio e gerando incertezas que estão testando novamente a resiliência da economia mundial”, diz um trecho do documento.
O FMI ressalta que, desde fevereiro, os Estados Unidos anunciaram múltiplas rodadas de tarifas contra parceiros comerciais, alguns dos quais implementaram medidas de retaliação. Inicialmente, os mercados reagiram com relativa tranquilidade a esses anúncios, até que a aplicação quase universal de tarifas pelos EUA em 2 de abril provocou quedas históricas nos principais índices acionários e altas nos rendimentos dos títulos públicos, seguidos por uma recuperação parcial após a pausa e as novas isenções anunciadas a partir de 9 de abril.
O WEO aponta que o progresso na desinflação praticamente estagnou, e em alguns casos a inflação até aumentou levemente, com um número crescente de países ultrapassando suas metas inflacionárias. A inflação de serviços, embora ainda em tendência de queda, permanece acima dos níveis anteriores ao surto inflacionário, e a inflação de bens essenciais apresentou uma alta desde novembro de 2024.
Já o comércio se manteve estável, mas isso se deve principalmente ao aumento das exportações chinesas e das importações americanas no final de 2024 – quando consumidores e empresas provavelmente anteciparam compras diante das tarifas que já eram esperadas na época e que agora estão em vigor.