Porto Alegre, 25 de setembro de 2020 – O mercado brasileiro de suína registrou mais uma semana com ambiente de negócios acirrado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, visando a manutenção das margens, os produtores repassaram os aumentos nos custos do milho e do farelo de soja aos preços do quilo vivo em boa parte das praças de comercialização do país.
Por outro lado, os frigoríficos se queixam que o escoamento da carne está mais difícil nesta segunda quinzena de setembro, período onde o consumidor está menos capitalizado. “De qualquer modo, a oferta de suíno vivo permanece ajustada, com animais sendo abatidos com peso mais leve em grande parte do país, o que tende a garantir a firmeza das cotações nas próximas semanas”, projeta.
Outro fator que garante suporte aos preços, conforme Maia, é o forte fluxo de exportações, por conta das compras por parte da China, o que ajuda a manter a oferta de carne suína no mercado doméstico bem enxuta.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 1,22% ao longo da semana, de R$ 6,71 para R$ 6,79. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 12,01 para R$ 12,09, aumento de 0,59%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 11,16, ante os R$ 11,10 praticados na última semana, com valorização de 0,56%.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 116,321 milhões em setembro (13 dias úteis), com média diária de US$ 8,947 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 49,994 mil toneladas, com média diária de 3,845 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.326,70.
Na comparação com setembro de 2019, houve avanço de 44,57% no valor médio diário exportado, ganho de 44,20% na quantidade média diária e queda de 0,26% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo seguiu em R$ 152,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,60 para R$ 4,65. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 7,20 para R$ 7,30.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração subiu de R$ 4,70 para R$ 4,80. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 7,65 para R$ 7,80. No Paraná o quilo vivo seguiu em R$ 7,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 4,90.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração subiu de R$ 4,80 para R$ 5,10, enquanto em Campo Grande o preço passou de R$ 6,60 para R$ 6,80. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 7,80 para R$ 7,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno se manteve em R$ 8,30. No mercado independente mineiro, o preço prosseguiu em R$ 8,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado mudou de R$ 4,70 para R$ 4,80. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 6,60 para R$ 6,80.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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