Porto Alegre, 5 de fevereiro de 2021 – Os preços pagos aos produtores pelo quilo do suíno melhoraram em boa parte dos estados ao longo da semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, ainda que o ambiente de negócios siga truncado, houve melhor fluidez em relação aos últimos dias e os frigoríficos acabaram aceitando as pedidas mais altas dos produtores, que tentam mitigar o efeito negativo do custo da nutrição animal.
Maia destaca que o elevado custo pode resultar em uma queda no peso médio do animal negociados, fator que tende a ajudar no ajuste da disponibilidade doméstica no curto prazo. “Contudo, será fundamental um alto fluxo de exportações nos próximos meses para que os preços encontrem patamares mais saudáveis no país”, sinaliza.
A entrada da massa salarial na economia é outro fator que pode trazer fôlego, melhorando o escoamento da carne e possibilitando novos reajustes no curto prazo.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 3,02% ao longo da semana, de R$ 5,94 para R$ 6,12. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 0,48%, de R$ 11,97 para R$ 11,91. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,17, ganho de 0,55% frente à semana anterior, de R$ 9,12.
Maia ressalta que a exportação de carne suína de janeiro foi fraca e não deve alcançar as 70 mil toneladas projetadas, somando os volumes in natura e industrializados. “A tendência é que a China atue com pouca intensidade nas importações neste mês de fevereiro por conta do feriado prolongado do Ano Novo Lunar, que se inicia na próxima semana”, comenta.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 137,215 milhões em janeiro (20 dias úteis), com média diária de US$ 6,860 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 55,799 mil toneladas, com média diária de 2,789 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.459,10.
Em relação a janeiro de 2020, houve queda de 0,90% no valor médio diário da exportação, ganho de 3,64% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 4,37% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 113,00 para R$ 125,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,85. No interior do estado a cotação avançou de R$ 6,50 para R$ 6,65.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 6,20 para R$ 6,00. No interior catarinense, a cotação aumentou de R$ 6,35 para R$ 6,70. No Paraná o quilo vivo teve alta de R$ 6,15 para R$ 6,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,90.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração retrocedeu de R$ 5,40 para R$ 5,30, enquanto em Campo Grande o preço recuou de R$ 5,90 para R$ 5,70. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 5,90 para R$ 6,30. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 6,00 para R$ 6,80. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 6,00 para R$ 6,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis diminuiu de R$ 5,20 para R$ 5,15. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,70.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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