Campinas, 23 de julho de 2025 – O sojicultor do Brasil é o diferencial. A afirmação foi feita por Romeu Afonso de Souza Kiihl, da MGS – Melhoramento Genético e Sementes, durante da conferência “A soja no Mercosul um século depois”, realizada no Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), em Campinas. “Quando me perguntam se outros países podem produzir igual, respondo que precisam levar o produtor brasileiro junto”, relata. “E a criação da Embrapa mudou o país de patamar”, acrescenta.
Para o doutor Tuneo Sediyama, especialista em melhoramento de soja, uma série de fatores ajudou o Brasil a se tornar líder na produção mundial desde 2020. “A evolução tecnológica e do sistema de plantio, o clima para a soja, os tipos de solo e seu manejo, e o controle de doenças”, enumera. “É bom destacar que 55% da oferta global já vem do Mercosul, sendo que o Brasil produziu 169 milhões de toneladas na safra 2024/25”, frisa. “E eu não tenho dúvidas que o país vai superar as 300 sacas (de 60 quilos) por hectare”, aposta, sem dar uma data de quanto isto poderia ocorrer.
Rodolfo Luis Rossi, presidente da Associação da Cadeia de Soja Argentina (ACSoja), falou sobre a situação argentina. “No nosso país, 98% do melhoramento genético vem do setor privado, bem distinto do Brasil”, exemplifica.
Outro diferencial é a industrialização do setor. “Cerca de 80% da nossa soja é esmagada, o que torna o país um grande exportador de farelo e óleo”, explica Rossi. “Além disso, a Argentina possui indústrias enormes de esmagamento, que processam 22 mil toneladas por dia”, finaliza.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News
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