A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,771 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre deste ano, queda de 0,2%) na comparação anual. Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve alta de 5,4%.
“No 1T25, tivemos um aumento de 5,4% da produção média de óleo, LGN e gás natural, que alcançou 2,77 MMboed, em função, principalmente, do menor volume de perdas por paradas para manutenções; da melhor eficiência operacional na Bacia de Santos; da entrada em produção do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios; e do ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, fatores parcialmente compensados pelo declínio natural de produção. Neste trimestre, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo 6 na Bacia de Campos e 5 na Bacia de Santos”, comentou a empresa, no relatório operacional do primeiro trimestre.
No Brasil, a produção foi de 2,740 milhões de boed, retração de 0,1% na comparação com o mesmo período de 2025 e aumento de 5,5% em relação ao 4T24. No exterior, a produção foi de 31 milhões de boed, baixa de 6,1% na comparação anual.
No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,853 milhões de barris por dia (bpd), queda de 0,2% na comparação anual e 5,3% superior à do trimestre anterior, devido, principalmente, à entrada em produção do FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios e ao ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias no campo de Mero. Contribuíram também para esse aumento de produção o início da operação de 7 novos poços, sendo 5 na Bacia de Santos e 2 na Bacia de Campos.
De acordo com a Petrobras, a performance os campos do pré-sal foram responsáveis por 73% da produção de óleo no período. “Registramos 73% de participação do óleo do pré-sal na carga processada no parque de refino nesse trimestre, 2 pp acima do 4T24 e igualando o recorde registrado no 3T24. A elevada participação de óleos do pré-sal na carga processada reforça o foco na otimização de uso dessas correntes para produção de derivados de maior valor agregado e diminuição de emissões atmosféricas.
A Petrobras também alcançou um elevado rendimento na produção de derivados médios (diesel e QAV) e gasolina, que representaram 69% do volume total de derivados no 1T25, mesmo com realização de importante parada geral planejada da RNEST nesse trimestre, quando foram concluídas as obras de modernização do Trem 1.
“A entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré é estratégica para a Petrobras e representa ampliação de produção no campo de Búzios de forma sustentável e inovadora. Além de ser uma plataforma de alta capacidade, com potencial para produzir até 225 mil barris de óleo e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia, possui tecnologias modernas de descarbonização, possibilitando aumento da eficiência e redução das emissões”, comentou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, no relatório.
A produção nos campos do pós-sal diminui 5,0% e atingiu 326 mil bpd no período. Em comparação ao 4T24, a produção do pós-sal foi 10,5% superior, principalmente em função do menor volume de perdas por paradas para manutenções e da entrada de 4 novos poços na Bacia de Campos, compensando o declínio natural dos campos.
A produção em terra e águas rasas no 1T25 foi de 36 Mbpd, 1 Mbpd acima do trimestre anterior, principalmente em função do menor volume de perdas com paradas para manutenções. Na comparação anual, houve aumento de 2,9%.
No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,861 milhões de bpd, 1,9% inferior na comparação anual, sendo 1,696 milhões no mercado interno, alta de 2,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionadas pelo diesel, gasolina e QAV. No mercado externo, baixa de 11,1%, para 788 mil bpd.
As vendas no 1T25 foram inferiores às do 4T24 devido, principalmente, à sazonalidade típica da demanda por derivados no período inicial do ano.
O volume das vendas de diesel no 1T25 apresentou um patamar semelhante ao do 4T24. O diesel S-10 representou 66% das vendas totais de diesel.
As vendas de gasolina caíram 7,9% no 1T25 em comparação ao 4T24, impactadas pela sazonalidade da demanda, que se caracteriza por um maior consumo do derivado no último trimestre devido à maior movimentação de veículos por conta das festas de fim de ano e da injeção do décimo terceiro salário na economia.
A redução de 1,7% nos volumes de vendas de QAV entre o 1T25 e o 4T24 deve-se à base de comparação mais elevada do trimestre anterior, impulsionada pelo crescimento do segmento internacional e pela realização do G-20 no Rio de Janeiro.
A queda de 3,3% nas vendas de GLP no 1T25 em relação ao 4T24 foi influenciada por fatores sazonais. No 1º trimestre, as temperaturas médias são mais altas, reduzindo o consumo de energia. Além disso, as férias no início do ano diminuem o uso residencial de GLP para cocção e, a menor atividade industrial, reduz a demanda de GLP não P-13.
As vendas de nafta no 1T25 caíram 17,3% em relação ao 4T24. A redução se deve principalmente à menor disponibilidade de nafta pela parada da RNEST.
As vendas de óleo combustível recuaram 12,5% no comparativo do 1T25 com o 4T24. O principal fator foi a redução nas vendas para o segmento industrial, que aumentou o uso de outros combustíveis, como o Gás Natural. Houve também redução nas vendas para o segmento de geração de energia elétrica. Por outro lado, houve aumento nas vendas para o segmento marítimo, com pico sazonal de consumo por navios de cruzeiro.
A produção total de derivados no 1T25 foi de 1.706 Mbpd, 6,2% menor em relação ao 4T24, influenciada pela parada geral planejada da RNEST, ocorrida entre janeiro e março de 2025. Mesmo com essa parada relevante, o fator de utilização total (FUT) do 1T25 se manteve no patamar dos 90%, apenas 5,0 p.p. abaixo do 4T24.
A produção de diesel no 1T25 foi 9,9% menor em comparação com a do 4T24, como consequência da parada geral programada da RNEST. Destaca-se o recorde trimestral de produção de diesel S10 alcançado pela REPAR no 1T25, de 48 Mbpd.
A produção de gasolina no 1T25 foi 3,0% menor em comparação com a do 4T24, seguindo a menor demanda de mercado, enquanto a redução de 10,0% na produção de nafta na comparação entre esses trimestres ocorreu, principalmente, devido à parada geral planejada da RNEST. A produção de QAV no 1T25 não variou em relação a do 4T24, alinhada com a elevada demanda sazonal desse produto.
A produção de GLP no 1T25 foi 4,2% menor em comparação com a do 4T24, como consequência da sazonalidade do mercado.