Porto Alegre, 22 de dezembro de 2025 – A moagem de cana na safra 2026/27 do Brasil deverá totalizar 660,2 milhões de toneladas, um crescimento de 0,95% ante as 600,3 milhões colhidas e processadas em 2026/27. É o que aponta a primeira sondagem da Consultoria SAFRAS & Mercado para a temporada 2026/27.
A região Centro-Sul deverá produzir 600 milhões de toneladas de cana em 2026/27, ante 595 milhões em 2025/26, um crescimento de 0,84%. Já a moagem da região Norte-Nordeste está estimada em 60,2 milhões de toneladas, ante 59 milhões.
Conforme a SAFRAS & Mercado, o Brasil deverá produzir no total 41,8 milhões de toneladas de açúcar em 2026/27, caindo 3,91% em relação as 43,50 milhões de toneladas estimadas para 2025/26.
Com a queda da produção, o Brasil deverá exportar 30 milhões de toneladas de açúcar em 2026/27, uma queda de 11% ante as 33,8 milhões de toneladas embarcadas em 2025/26.
A produção de etanol hidratado de cana do Brasil, segundo a Consultoria, deverá aumentar 4,1% em 2026/27, atingindo 20,3 bilhões de litros. A produção de etanol hidratado de milho também deve crescer, passando de 3,85 bilhões de litros para 4 bilhões.
Segundo o analista de Açúcar e Etanol da Safras & Mercado, Maurício Muruci, a pouca variação esperada na produção de cana do Centro-Sul se explica pelas chuvas fracas que estão sendo vistas ao longo da entressafra. Por outro lado, há expectativa de forte incremento na produção de etanol, tanto anidro quanto hidratado e tanto de cana quando de milho, em função da demanda maior por ambos a ser vista em 2026 com o aumento do E30 e da manutenção da arbitragem altamente positiva para o hidratado contra o açúcar bruto de Nova Yorque, o que levará as usinas a incrementar a oferta de etanol.
“O açúcar no Brasil, com preços baixos no mercado internacional [em função das ampliações das ofertas da China, Índia e Tailândia] e da manutenção do padrão de superávit em 11 milhões de toneladas para 2025/26 internacional [segundo o USDA de dezembro de 2025] seguirá menos interessante para as usinas em 2026, mostrando um forte revés frente ao que ocorreu em 2025”, assinalou Muruci.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Safras News
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