Conforme o adido, vários fatores contribuem para a esperada redução na produção total de cana em 2021/22 para o Brasil. O clima seco que prevaleceu em 2020, especialmente no período agosto-outubro, danificou canaviais e redução o potencial produtivo. Além disso, a falta de chuvas combinada com altas temperaturas favoreceram também a formação de queimadas nas lavouras. Os volumes de chuvas ficaram abaixo da média no primeiro trimestre de 2021, limitando ainda mais o desenvolvimento dos canaviais. Também, os firmes preços dos grãos encorajaram a migração de algumas áreas canavieiras para o plantio de soja e milho.
A produção total de açúcar do Brasil na temporada 2021/22 está estimada em 39,92 milhões de toneladas, contra 42,05 milhões de toneladas em 2020/21, uma queda de cinco por cento. O centro-sul será responsável por 36,87 milhões de toneladas, 2,03 milhões de toneladas a menos que no ano anterior (38,9 milhões de toneladas). Já a produção do Norte-Nordeste deve ficar praticamente estável, em 3,05 milhões de toneladas, ante 3,15 milhões de toneladas na temporada 2020/21.
Após o recorde registrado em 2020/21, quando o Brasil exportou 32,150 milhões de toneladas de açúcar, os embarques deverão diminuir para 29,170 milhões de toneladas em 2021/22.
Já a produção de etanol de cana total do Brasil está projetada em aproximadamente 28 bilhões de litros, uma queda de dois bilhões de litros contra 2020/21 (30 bilhões de litros).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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