Procura aquecida garante suporte a preços do frango no atacado

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     Porto Alegre, 9 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou preços em alta para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a demanda apresentou sinais de aquecimento com a entrada de salários na economia, o que favoreceu reajustes nas cotações.

     Ainda que os preços do quilo vivo não tenham se alterado, fica a expectativa de eventuais mudanças, especialmente diante do preocupante quadro de preços aquecidos na nutrição animal, com as altas verificadas no milho, farelo de soja, DDG´s, sorgo e farinhas de origem animal. “A tendência de novas altas nas cotações permanece na primeira metade de outubro”, pontua.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas mudanças para os cortes congelados de frango ao longo da semana, na comparação com o fechamento de agosto. O quilo do peito no atacado passou de R$ 6,20 para R$ 6,30, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 7,15 e o quilo da asa permaneceu em R$ 13,60. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 6,40 para R$ 6,50, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 7,25 e o quilo da asa prosseguiu em R$ 13,80.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 6,30 para R$ 6,40, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 7,25 e o quilo da asa seguiu em R$ 13,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 6,50 para R$ 6,60, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 7,35 e o quilo da asa continuou em R$ 13,90.

     As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 3,178 milhões de toneladas entre janeiro e setembro, número que supera em 1,3% o desempenho registrado no mesmo período de 2019, com 3,137 milhões de toneladas, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

    No mesmo período, a receita acumulada pelo setor alcançou US$ 4,619 bilhões, número 12,1% menor em relação ao registrado no mesmo período de 2019, com US$ 5,253 bilhões.

     Considerando apenas o mês de setembro, as exportações do setor totalizaram 345 mil toneladas, número 2,3% menor em relação ao alcançado no nono mês de 2019, com 353,2 mil toneladas.  No mesmo período comparativo, a receita dos embarques totalizou US$ 479 milhões em 2020, número 18,4% menor em relação às US$ 587,2 milhões obtidas em setembro de 2019.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,15. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 4,10.

     Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 3,60. No oeste do Paraná o preço na integração prosseguiu em R$ 3,90. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 3,90.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,00. Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 4,00. No Distrito Federal o quilo vivo se manteve em R$ 3,95.

     Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 4,75. No Ceará a cotação do quilo permaneceu em R$ 4,75 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 4,80.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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